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O desenvolvimento das necessidades biológicas e psicológicas do ser humano começa na fecundação e segue por toda a vida. Entretanto, é nos três primeiros anos que o cérebro evolui com maior intensidade. Segundo o secretário do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), José Gabel, cuidados e estimulação precoce têm fortes impactos e são fatores decisivos na transição de uma criança para a idade adulta, tanto na progressão de suas habilidades de aprendizagem quanto na capacidade de controlar suas emoções.

Confira um roteiro da evolução média da criança até os dois anos. Entretanto, Gabel ressalta: “o descompasso da criança à linha do tempo não quer dizer que há problemas, mas é importante que seja periodicamente avaliada pelo pediatra, que é o profissional capaz de perceber irregularidades”.

Primeiro mês

Deitado de costas, já ajeita a cabeça para respirar melhor. Suas atividades são predominantemente reflexivas e a sua percepção visual é satisfatória apenas de perto. Já a mãe é reconhecida pelo aroma.

Segundo ao quarto mês

Nessa idade começa a sugar o polegar e a reproduzir sons, como tosse e riso. Também emite vocalizações mais prolongadas e fica imóvel ao ouvir uma voz conhecida. Reage ao seu nome e responde virando a cabeça. Nessa fase, a mãe é reconhecida visualmente.

Quinto mês

Senta-se com apoio e mantêm as costas retas, assim como segura objetos e interage com eles. A criança imita gestos, sabe o momento de chamar a atenção e ri ao brincar.

Sexto mês

Permanece sentado, ainda com apoio, por um longo tempo. Distingue rostos estranhos de familiares, além de modular suas emissões vocais para imitar a mãe.

Sétimo mês

Fica sentado sem apoio por alguns momentos, arrasta-se e desloca-se do lugar.

Oitavo mês

Participa mais ativamente das brincadeiras, como a de esconde-esconde, e troca sinais com adultos. Começa a morder nessa fase.

Nono mês

Fica parado sozinho em pé e se segura. Começa a engatinhar. Geralmente, é nesse período que articula a primeira palavra, de duas sílabas, e reage corretamente a palavras familiares: pega e me dá, por exemplo. Passa a reconhecer seu nome e os dos familiares.

Décimo e décimo primeiro mês

Age intencionalmente e utiliza brinquedos de encaixar. Além disso, tenta imitar os sons que ouve e compreende proibições.

Um ano

Tem bom equilíbrio sentado e começa a andar, seguro pela mão. Repete gestos e emite, no mínimo, três palavras diferentes.

Um ano e três meses

Autonomia: anda sozinho, ajoelha-se, sobe escada com os quatro membros e bebe líquidos sem ajuda.

Um ano e seis meses

Senta-se em cadeiras sozinho, sobe e desce escadas segurando-se no corrimão, salta sobre os dois pés e realiza atos coordenados complexos, bem como desenhar rabiscos espontaneamente.

Dois anos

Maior equilíbrio e chama-se pelo próprio nome. Comunica-se com gestos e atitudes, principalmente com outras crianças. Constrói frases de duas palavras e usa o ‘não’ sistematicamente.

“Para identificar possíveis problemas, é essencial a ida frequente ao pediatra e realizar observações comparativas entre crianças da mesma idade, que devem ser valorizadas e pesquisadas quando necessário”, explica dr. Gabel. Dentre os sinais de alerta estão: dificuldade em interagir com outras pessoas, movimentos estereotipados, pouco contato visual e irritabilidade.

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