As manifestações contra a corrupção e
contra o governo da presidenta Dilma Rousseff ocorreram em todas as
regiões do país e reuniram milhares de pessoas. Não houve registro de
confrontos e os protestos foram pacíficos.
Em Goiânia, 60 mil pessoas caminharam
entre a Praça Tamandaré e o Parque do Areião, num percurso de cerca de 4
quilômetros. Segundo a Polícia Militar de Goiás, não houve violência e
os manifestantes se dispersaram por volta das 16h.
Em Campinas, São Paulo, 5 mil pessoas se
reuniram de manhã e mais de 10 mil, na parte da tarde, para os
protestos. Os manifestantes também já se dispersaram sem que episódios
de violência ou enfrentamento fossem registrados pela polícia.
Na capital paulista, a Polícia Militar
informa que pelo menos 1 milhão de pessoas se reuniram na Avenida
Paulista. Segundo o Datafolha – instituto de pesquisa e opinião do Grupo
Folha –, a manifestação reuniu 210 mil pessoas.
Na Região Norte, manifestantes também
foram para as ruas. Em Manaus, 22 mil pessoas se juntaram aos protestos,
informou a Polícia Militar. A passeata começou na Praça do Congresso e
seguiu pelas principais avenidas do centro da capital amazonense. Em
Belém, os manifestantes caminharam pelo centro da cidade até o Theatro
da Paz, um dos símbolos da capital paraense, também vestidos de verde e
amarelo e levando faixas com críticas ao governo Dilma e pedidos de impeachment da presidenta.
Em Porto Alegre, houve dois pontos
principais de concentração de manifestantes, o Parcão, no bairro Moinhos
de Vento, e o Parque da Redenção. De acordo com a Brigada Militar do
Rio Grande do Sul, até as 17h, cerca de 100 mil pessoas haviam
participado dos protestos na capital gaúcha. A polícia não registrou
incidentes. Ainda na Região Sul, 80 mil pessoas se reuniram na Praça
Santa Andrade, em Curitiba, e seguiram para o Centro Cívico, onde o
protesto deve se encerrar. Assim como nas outras cidades, a manifestação
não tem registro de violência.
No Nordeste, foram registrados protestos no Recife, em Salvador, em Aracaju e em outras capitais.
Em Fortaleza, a manifestação se
concentrou na Praça Portugal, na Aldeota, bairro nobre da capital. A PM
estimou em 15 mil pessoas o número de participantes; os organizadores,
em 20 mil. Assim como em outros locais do país, a maioria dos
participantes vestia roupas com as cores da bandeira brasileira e
levantava faixas com frases de rejeição ao PT e à presidenta Dilma. O
ato seguiu pela Avenida Beira-Mar, na Praia de Iracema, e terminou no
Jardim Japonês, na Avenida Beira-Mar, onde os participantes cantaram oHino Nacional e trechos da música Pra não Dizer que não Falei das Flores, de Geraldo Vandré, considerada símbolo da resistência contra a ditadura militar.
No Rio de Janeiro, a primeira grande
manifestação do dia ocorreu na orla da Praia de Copacabana. A polícia
não informou os números oficiais, mas, segundo estimativa de
organizadores, 15 mil pessoas participaram do ato. As duas pistas da
Avenida Atlântica chegaram a ser fechadas no meio da manhã e a passeata
recebeu apoio de moradores dos prédios da orla.
À tarde, o local escolhido para a
concentração foi a Igreja da Candelária, no centro do Rio. Duas pistas
centrais da Avenida Presidente Vargas e a confluência com a Avenida Rio
Branco foram fechadas. Acompanhados por carros de som, os manifestantes
criticavam o governo e a corrupção. Também havia grupos que defendem a
volta dos militares ao poder e marchavam cantando hinos do Exército
Brasileiro.
Em parte do país, as manifestações foram
feitas de manhã, como em Brasília, onde o protesto juntou 45 mil
pessoas na Esplanada dos Ministérios, segundo estimativa oficial. Com
faixas pedindo desde o fim da corrupção ao impeachment da
presidenta Dilma Rousseff, os manifestantes caminharam pela avenida e se
posicionaram em frente ao Congresso Nacional. Uma enorme bandeira do
Brasil foi estendida e os manifestantes cantaram o Hino Nacional. Algumas pessoas chegaram a entrar no espelho d’água do prédio.
Em Belo Horizonte, cerca de 24 mil
pessoas se reuniram na Praça da Liberdade. A manifestação seguiu até por
volta das 13h, quando os manifestantes se dispersaram sem ocorrências
que merecessem registro da Polícia Militar.
Agência Brasil