Para Cláudio César Montenegro
Se é aperto ou dor, vale o
coração sofrer por um amigo.
As contrações são pulsantes. Dói
de verdade ao vê-lo partir.
Não há mais volta. É como um
adeus infinito. Pra sempre.
Pena que não me despedi. Mas,
sinto saudades já de agora.
Repentinamente, a morte outra vez
venceu a vontade de viver.
É sempre assim. Quando menos se
espera, ela nos abocanha.
Mas, como a esperança é a última
que morre, espero-o vivo no céu.
Lá, talvez nos encontraremos a
busca do Deus da vida.
Sempre que um amigo parte em
direção ao infinito, me sinto só.
É como agora. A solidão penetra a
alma, como faca dilacerante.
As lágrimas invadem o esqueleto,
feito fontes de dor e tristeza.
Foi-se outro amigo. Por isso
dizem que a morte sempre vence.
Mas, lá no fim do túnel há uma
luz. Espero que não se apague.
Ela é a única esperança a me
tornar aceso para sempre, feito farol.
E quem sabe no trajeto da morte,
possa encontrar os amigos,
Clamando em Deus pela vida
eterna. Assim sejam nossos caminhos.
ANTONIO SANTOS
Poeta-Jornalista/Guarabira.
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