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O governador Ricardo Coutinho lançou, o Plano de Combate à Dengue e à Chinkungunya e fez a entrega de 50 motocicletas para as gerências regionais de saúde, durante solenidade realizada no Palácio da Redenção. Na ocasião, ele convocou a sociedade a participar, junto com o poder público, do combate à dengue e à chinkungunya.

“Estamos articulando com as Secretarias Municipais para que o combate às duas doenças seja uma atividade permanente, pois não adianta passar um ano fazendo campanha e depois parar de acordo com a intensidade das chuvas”, disse o governador Ricardo Coutinho.

Ele ressaltou que o papel da Secretaria de Estado da Saúde (SES) é ser a grande articuladora com os municípios para criar as condições adequadas e uma vigilância sanitária ainda mais eficiente. E destacou que as motocicletas e os kits servem para dar uma capacidade de mobilidade maior para atingir todas as regiões no combate às doenças transmitidas pelo Aedes agypti. “É importante que Estado e municípios percebam que caminhar junto e em parceria é muito melhor. Tenho certeza que, com a colaboração da sociedade em não deixar acumular água parada e tomar outros cuidados, o resultado será a erradicação da dengue e o impedimento da chikungunya na Paraíba”, ressaltou o governador.

A secretária de Estado da Saúde, Roberta Abath, também deu ênfase ao trabalho em parceria. “A união é a única forma de combater a dengue e a chikungunya, pois a luta é diária e a parceria entre governos e população é o que há de mais exitoso neste combate”, ressaltou.

Durante a solenidade, a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Renata Nóbrega, apresentou a situação epidemiológica e a mobilização para o dia D+1 da Dengue e Chikungunya, que será no próximo dia 7 em todas as 12 Gerências Regionais de Saúde, simultaneamente, com a parceria de várias instituições, com o objetivo de envolver a população na luta contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor das duas doenças.

A solenidade no Palácio contou com as presenças de prefeitos; secretários municipais de saúde; gerentes regionais e técnicos da SES. A prefeita Rosângela Leite, da cidade de Desterro (287,2 km da capital), que está entre os 57 municípios em situação de alto risco para as duas doenças, disse que o problema é devido ao abastecimento com carros-pipa, desde outubro do ano passado. “Nós vamos participar do Dia D + 1 com muito afinco pra ver se mudamos esta realidade em nossa cidade. Para isso, faremos palestras nas escolas; panfletagem nas ruas; caminhadas e outras ações envolvendo a comunidade”, adiantou.

As 50 motocicletas entregues pelo governador Ricardo Coutinho foram distribuídas da seguinte forma: cinco para a 1ª Gerência (João Pessoa); três para a 2ª (Guarabira); oito para a 3ª (Campina Grande); uma para a 4ª (Cuité); três para a 5ª (Monteiro); cinco para a 6ª (Patos); duas para a 7ª (Piancó); duas para a 8ª (Catolé do Rocha); quatro para a 9ª (Cajazeiras); quatro para a 10ª (Sousa); duas para a 11ª (Princesa Isabel); quatro para a 12ª (Itabaiana) e sete para o Núcleo de Entomologia.

Para o dia D + 1, a SES está convidando Secretarias de Estado da Educação; Comunicação; Infraestrutura; Esporte; Recursos Hídricos; Suplan; Cagepa; PAC; Corpo de Bombeiros; prefeitos e secretários de Saúde de Capim, Riachão, Campina Grande, Picuí, Monteiro, Desterro, Malta, Teixeira, Serra Grande, São José de Caiana, Catolé do Rocha, Cajazeiras, São João do Rio do Peixe, Aparecida, Água Branca, Princesa Isabel, Juru e Juripiranga; gerentes Regionais de Saúde; Sindicato da Construção Civil (Sinduscon); Diretoria de vigilância em Saúde, de João Pessoa e Campina Grande; Hospitais Clementino Fraga, Edson Ramalho, Alcides Carneiro e Hospital Universitário, da capital; gerentes executivos (Atenção à Saúde e Regulação) e operacionais da SES (Vigilância Epidemiológica, Ambiental, DST/AIDS, Resposta Rápida, Atenção Básica e Assistência Hospitalar e Regulação); Lacen, Serviço de Verificação de Óbito (SVO) e Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest).

“A intenção é envolver o trabalho intersetorial na grande mobilização de combate ao mosquito. Como exemplo, podemos citar a Educação, que pode trabalhar o tema nas escolas; as instituições responsáveis por construções, podem focar na conscientização dos trabalhadores quanto ao problema. Enfim, todos os parceiros terão possibilidades de ajudar na luta contra a dengue e a chikungunya, envolvendo a comunidade, ao máximo”, disse Renata Nóbrega.

Responsabilidades – A Secretaria de Estado da Saúde apoiará os municípios nas mobilizações por meio da distribuição de panfletos, camisas, faixas e carros de som. Aos municípios, cabe executar as ações de mobilização: palestras educativas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS); em escolas; distribuição de material educativo nas feiras livres; arrastão de limpeza urbana; carreatas; caminhadas; entrevistas em rádios locais. Todas as ações envolverão todos os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, Agentes Comunitários de Saúde, Agentes Comunitários de Endemias, etc).

Prevenção – As ações do Dia D+1, foram propostas pelo Ministério da Saúde para uma intensa mobilização contra a dengue e chikungunya. Além das instituições, a participação da sociedade também será muito importante, por meio de atitudes simples que fazem total diferença.

 Dicas para combater o mosquito e os focos de larvas
  • Retirar os pratos dos vasos de plantas ou enchê-los até a borda com areia;
  • Na ocorrência de chuvas, intensificar cuidados para evitar o acúmulo de água em recipientes, como: pneus, garrafas, caixa d’água, piscina e vasilhas;
  • Colocar telas milimétricas nos ralos;
  • Fazer limpeza semanal das calhas;
  • Manter bem vedados recipientes com armazenamento de água para consumo;
  • Não deixar acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

Dengue – A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. O seu principal vetor de transmissão é o mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais.

No período de 1º de janeiro a 30 de dezembro de 2014 (52ª semana epidemiológica de início de sintomas), foram notificados 7.366 casos suspeitos de dengue na Paraíba, destes, 1.831 foram descartados, 3.442 confirmados por dengue.

Ainda em 2014, foram registradas oito mortes: duas em João Pessoa; duas em Campina Grande; uma em Patos; uma em Cuité; uma em Itapororoca e uma em Cruz do Espírito Santo.

Febre de Chikungunya – Doença infecciosa, causada pelo vírus Chikungunya (CHIKV), cujos sinais e sintomas são: febre alta, de início súbito, artralgia (dor articular principalmente nas mãos, pés, cotovelos e joelhos) ou artrite intensa com início agudo e que tenham histórico recente de viagem às áreas nas quais o vírus circula de forma contínua; que pode ser transmitida pelos mosquitosAedes aegypti Aedes albopictus. O vírus é transmitido pela picada da fêmea de mosquitos infectados.

Na Paraíba, até a 52ª semana epidemiológica, foram notificados oito casos suspeitos de CHIKV pertencentes aos municípios de Bom Jesus (01), Cajazeiras (01), Campina Grande (01), Esperança (01), João Pessoa (04), sendo 05 descartados e 03 em investigação aguardando resultado.

Diagnóstico e tratamento – Caso a pessoa comece a perceber os sintomas, a primeira providência é procurar a Unidade Básica de Saúde. Caso seja constatada a doença, de forma branda, a indicação é que o paciente seja direcionado aos Hospitais Regionais. Se o caso for mais grave, as unidades de saúde que são referência para o tratamento da dengue: Hospitais Universitários, de João Pessoa e Campina Grande e Clementino Fraga.

No caso de sintomas suspeitos de Chikungunya, a pessoa também deve procurar atendimento na Unidade Básica de Saúde. Caso seja necessário, o local de referência para o atendimento é o Hospital Clementino Fraga.

Por Assessoria
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