Um agente da Polícia Civil de foi preso na quarta-feira (25) suspeito
de roubar 200 kg de queijo da residência de um comerciante, em João
Pessoa. De acordo com a Polícia Civil, Antônio Ferreira Pinto Neto, de
37 anos, ainda teria agredido um cinegrafista durante a transferência
dele na noite da quarta. A delegada Roberta Neiva, que acompanha o caso,
explicou que o agente já havia sido detido em 2014, suspeito de
extorquir cinco colombianos que estariam irregulares no Brasil.
A prisão foi feita em flagrante pela Polícia Militar, no bairro de
Mangabeira. Segundo a delegada, o roubo aconteceu na terça-feira (24),
no bairro João Paulo II. “O suspeito entrou na casa do comerciante
dizendo que era policial e em seguida fugiu levando o produto. O
comerciante anotou a placa do carro e acionou a polícia. Os PMs
encontraram o veículo e trouxeram o suspeito até a delegacia para
prestar esclarecimentos”, disse Roberta.
Ainda segundo a delegada, a vítima foi até a delegacia e reconheceu o
suspeito e o veículo. O produto que teria sido roubado não foi
encontrado pela polícia, mas o carro e a arma do policial foram
apreendidas.
Durante a transferência do suspeito, ele ainda teria tentado agredir o
cinegrafista de uma equipe de TV que fazia a cobertura do caso. “Ele
está detido no 5º Batalhão da Polícia Militar e será indiciado por
roubo. Iremos fazer a investigação sobre esta possível agressão e caso
seja confirmado, ele também pode responder por lesão corporal”, explicou
a delegada.
Eduardo Luna, advogado de Antônio Ferreira, conversou com a TV Cabo
Branco e explicou que o cliente dele nega estar envolvido com o roubo e
apresentou um atestado médico em nome do suspeito com a data do dia do
roubo, que ele informou que vai utilizar na defesa. “Essa lesão
apresentada no atestado inviabiliza uma dinâmica da prática de um roubo,
pelo qual ele foi detido como suspeito”, explicou Eduardo.
Outro caso
Em outubro de 2014, Antônio Ferreira e um policial militar foram presos suspeitos de extorquir cinco colombianos que estariam ilegais no Brasil. De acordo com o delegado Nélio Carneiro, os policiais cobravam dinheiro aos colombianos para que a situação irregular deles não fosse comunicada à Polícia Federal. Na ocasião, a defesa dos policiais explicou que eles negam o crime e fez um pedido de liberdade provisória. Atualmente os dois respondem ao processo em liberdade.
G1