A Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), em parceria com a
Agência Nacional de Águas (ANA), vai instalar, de 2 a 6 de março,
medidores de vazão ultrassônicos no açude Coremas. De acordo com o
diretor-técnico da Aesa, Porfírio Loureiro, a medida vai permitir que o
órgão faça o monitoramento do manancial de forma mais precisa. Entre as
cidades atendidas pelo Coremas estão Patos, São Mamede e Condado, no
Sertão do Estado.
De acordo com Porfírio Loureiro, o manancial conta, atualmente, com
19,2% da capacidade, o equivalente a 113 milhões de metros cúbicos. “É
uma situação que requer atenção. Por isso, vamos instalar esses
medidores ultrassônicos em substituição às réguas, que não oferecem uma
medição precisa. Com isso, teremos capacidade de gerenciar melhor os
recursos hídricos desse reservatório, promover o uso da água com
racionalização”, explicou, adiantando que “a medida ainda vai nos
permitir traçar a estratégia mais adequada no combate a eventuais
problemas hídricos na região abastecida pelo sistema”.
A expectativa da Aesa é que os principais mananciais da Paraíba
ganhem medidores de vazão ultrassônicos até o fim do ano. “Firmamos
parceria com a ANA para instalarmos esses medidores ao longo do ano para
que possamos gerenciar melhor os nossos recursos hídricos”, destacou
Porfírio Loureiro.
Segundo Porfírio Loureiro, mesmo com as chuvas que atingiram algumas
regiões da Paraíba em janeiro, apenas o Açude Epitácio Pessoa,
localizado na cidade de Boqueirão, obteve uma recarga significativa. O
ganho foi de 3,3 milhões de metros cúbicos, equivalente a 0,8%. “Da
capacidade total do Estado, estamos com 20,6%. Isso significa que
devemos redobrar a atenção, gerenciar ainda mais os recursos hídricos de
forma eficiente. Para isso, é fundamental que a população faça parte
desse processo, e continue fazendo uso da água de forma racional”,
pontuou.
O diretor-técnico da Aesa acredita que a situação fique confortável
com a chegada do período chuvoso, previsto para o mês de maio. “Com a
chegada do período chuvoso, esperamos que os principais reservatórios
paraibanos ganhem recargas significativas e, assim, possamos ter uma
situação bem mais favorável. É necessário ressaltar, no entanto, que o
uso racional da água é fundamental para que o Estado possa conquistar
uma situação mais tranquila”, disse.
Porfírio Loureiro informou ainda que, em maio, a Aesa vai ter uma
análise mais precisa da situação hídrica do Estado e decidir quais
medidas serão tomadas. “Com base nesses dados, podemos definir de qual
açude se vai retirar água, envio de carros-pipa, além de outras
providências que o Governo do Estado poderá adotar para amenizar
eventuais problemas por conta da escassez de água”, concluiu.
MaisPB