Na Paraíba, 45 pessoas morreram vítimas do câncer de pele somente em
2013, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado. A doença é
responsável por 25% dos casos de câncer registrados no país.
Estimativas
do Instituto Nacional de Câncer revelam que pelo menos 6.230 novos
casos da doença devam ser registrados no Brasil até o final de 2013,
conforme levantamento feito no ano anterior. Desses, 3.170 devem
acometer homens e 3.060 mulheres. Em 2010, morreram 1.507 pessoas em
decorrência do câncer de pele no Brasil. Sendo que 842 vítimas eram
homens e 665 mulheres.
No hospital referência no tratamento do
câncer na Paraíba, o Hospital Napoleão Laureano, localizado em João
Pessoa, são tratados anualmente cerca de 2.500 pessoas acometidas pela
doença.
De acordo com o Otávio Sérgio Lopes, o chefe da Oncologia
Cultânea da unidade médica, a principal causa do aparecimento do câncer
de pele é o excesso de radiação solar. Ele informou que 95% dos casos da
doença são decorrentes do excesso de radiação do sol sobre a pele.
Otávio
disse ainda que o diagnóstico precoce pode contribuir para a cura em
100% dos casos. Os principais fatores de risco do câncer de pele, de
acordo com o oncologista, são pele branca, olhos claros, cabelos ruivos e
longa exposição ao sol. Ele informou que a maioria dos casos da
enfermidade é tratada pela equipe da Oncologia Cutânea do Hospital
Napoleão Laureano. A equipe do hospital é formada por sete
dermatologistas, que atendem de forma voluntária nas manhãs das quartas
feiras.
Na Paraíba, além do Napoleão Laureano, a Fundação
Assistencial da Paraíba, em Campina Grande, a 125 km da Capital, é outra
unidade médica que é referência no tratamento do câncer de pele.
Exposição excessiva é a grande vilã
De
acordo com a dermatologista Francisca Estrela, membro da Sociedade
Brasileira de Dermatologia, seção Paraíba, a exposição excessiva ao sol,
nos horários mais quentes e sem proteção, é o grande responsável pelo
aparecimento da doença.
“Por estar próxima da linha do Equador, a
Paraíba recebe uma grande incidência de raios ultravioleta, chegando ao
índice 12, considerado altíssimo. Isso faz com que a exposição ao sol se
transforme na grande vilã “, explicou.
Francisca Estrela
recomendou que a exposição ao sol entre 10h e 15h seja evitada e, mesmo
fora desse horário, é necessário o uso de protetor solar com fator de
proteção de, no mínimo 30,. “O protetor solar precisa ser passado no
corpo com pelo menos 30 minutos de antecedência à exposição ao sol e
sempre que entrar na água ou transpirar muito . É recomendado ainda que
seja feita uma nova aplicação a cada duas horas”, orientou.
Outra
recomendação é procurar um dermatologista ao primeiro sinal de manchas
ou novos sinais na pele, ou ainda que os já existentes sofram alterações
nas características. Francisca Estrela recomendou também que além do
protetor solar, as pessoas devem ainda proteger a pele usando roupas,
bonés e chapéus de abas grandes. "Os óculos escuros para proteger os
olhos também são muito importantes, porque o excesso de sol pode causar
problemas oftalmológicos como a catarata, por exemplo", acrescentou.