No próximo dia 28, Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira vai ouvir o depoimento de Fernando Cavendish, ex-presidente da construtora Delta. A comissão aprovou nessa terça-feira (14) cerca de 100 requerimentos entre quebras de sigilo, pedidos de informação e convocação de pessoas citadas nas operações Vegas e Monte Carlo da Polícia Federal. Também foi aprovada a reconvocação do contraventor Carlos Augusto ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Ao final da reunião, senadores e deputados lamentaram o fato de não ter sido levado à votação requerimento para convocação do jornalista da revista Veja Policarpo Júnior.
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) também criticou o adiamento da votação da proposta. Segundo ele, é necessário o esclarecimento de eventuais ligações e troca de informações do jornalista com Cachoeira e sua organização.
“Será que jornalista é protegido constitucionalmente de não poder depor em lugar nenhum mesmo quando há suspeita de ter cometido crime?” questionou o deputado.
Por unanimidade, os parlamentares aprovaram ainda quebras de sigilos fiscal, bancário e telefônico de pessoas e empresas citadas nas investigações da Polícia Federal por envolvimento com Cachoeira, entre eles, do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e da mulher do contraventor, Andressa Mendonça.
A CPMI também aprovou convite ao deputado goiano Carlos Alberto Leréia (PSDB) para prestar esclarecimentos sobre suposto envolvimento com o contraventor goiano.
Foi aprovado ainda pedido de informações para que o deputado Sandes Júnior (PP-GO) preste esclarecimentos sobre doações feitas pela Midway Internacional Lab para sua campanha nas eleições de 2010. O dinheiro, conforme investigação da Polícia Federal, teria origem em empresas fantasmas ligadas a Cachoeira.
A CPI mista aprovou ainda pedidos de informações de contratos da Delta Construções com os governos dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e do Distrito Federal.
Reconvocação de Cachoeira
O reconvocação de Carlinhos Cachoeira também foi aprovada nesta terça-feira pelos parlamentares membros da comissão. A data do depoimento ainda não foi marcada.
Em maio, Cachoeira compareceu à CPI, mas evocou o direito constitucional de permanecer em silêncio. Ele disse que só falaria na comissão após prestar depoimento à Justiça.
Por Jean Ganso, Com Focando a Noticia