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Homens da tropa de choque da Polícia Militar da Paraíba conseguiram controlar um confronto entre presos da Penitenciária  Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecido como Presídio do Róger, na área urbana de João Pessoa. O tumulto resultou em 14 detentos feridos com golpes de espetos improvisados e armas de fogo.

A Polícia não sabe da origem dos disparos.  Moradores relataram ter ouvido disparos de calibre de grande porte. A PM informou que foram utilizadas armas não letais para dispesar as facções rivais que se enfrentaram no pátio do presídio. Eles aproveitaram o momento da visita íntima das companheiras. Segundo, a PM o início do confronto foi por volta das 14h30.

Os policiais ainda informaram que, aproveitando a confusão, vários detentos tentaram se aproximar das torres de vigilância, o que configuraria uma tentativa de fuga em massa. Os detentos dos pavilhões 5 e 6 são da mesma facção criminosa, segundo a direção do presídio.

Segundo a assessoria da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) a rebelião já está sob controle. A tropa de choque da PM teria entrado no presídio. Equipes médicas foram autorizadas a entrar no local para socorrer os feridos.

A assessoria de imprensa do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa confirmou a entrada de 11 detentos feridos com arma de fogo. Outros três foram encaminhados para o Hospital Ortotrauma, no bairro de Mangabeira, por falta de vagas. Um preso corre risco de vida.


Quatro homens passaram por cirurgia após serem atingidos por armas de fogo e permanecem em estado grave.



Toda a área do presídio foi cercada pelos policiais militares do 1° Batalhão da PM.

Comerciantes da região afirmam que teriam visto um detento fugir do local. A Polícia Militar nega. 

Segundo o gerente executivo do sistema penitenciário da Paraíba, tenente coronel Arnaldo Sobrinho, as negociações tiveram início assim que o problema foi identificado. "A gerência do sistema prisional acionou o Batalhão de Choque para controlar a situação. Durante a ação foram utilizadas armas não letais e bombas de efeito moral. A prioridade foi resgatar os feridos. Agora iremos identificar os responsáveis e adotar os procedimentos necessários.”, disse o gerente executivo.

Dez detentos feridos no motim foram encaminhados para o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. Três apenados já receberam alta médica, outros três continuam em estado grave, um detento passa por procedimento no bloco cirúrgico da unidade e outros três recebem atendimentos na urgência do hospital.

Um policial que participou da operação, porém, confirmou o uso de fuzil para conter uma tentativa de fuga e que foram 14 detentos feridos no confronto.

A Secretaria de Comunicação do Estado divulgou uma lista com  de dez presos atendidos no Hospital de Trauma:

THIAGO BEZERRA DA SILVA, 20 anos, vítima de agressão física;

ROBES HELDE LIRA, 25 anos, vítima de arma de fogo;

PACIENTE NAO IDENTIFICADO, 28 anos, vítima de arma de fogo;

JOSÉ CARLOS DOS SANTOS NASCIMENTO, 30 anos, vítima de arma de fogo;

PACIENTE NÃO IDENTIFICADO, 27 anos, vítima de arma de fogo;

PACIENTE NÃO IDENTIFICADO, 27 anos, vítima de arma de fogo;

JOSÉ ALEX BARBOSA COSTA, 32 anos, vítima de arma de fogo;

PEDRO JEFFERSON DA SILVA NASCIMENTO, 24 anos, vítima de arma de fogo;

EDGLEIDSON DE SANTOS SOUSA, 28 anos, vítima de arma de fogo;

CRISTIANO SANTANA DA SILVA, 34 anos, vítima de arma de fogo.

Por Jean Ganso,com Portal Correio
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