Somente no primeiro semestre deste ano, 347 veículos foram roubados em Campina Grande, sendo 247 motocicletas e 101 automóveis, o que representa uma média de 41 veículos roubados por mês, mais de um por dia, na cidade. Em relação aos automóveis, o aumento foi 44,28% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando 70 carros foram roubados.
Segundo a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) os veículos estão sendo utilizados para praticar assaltos e explosões a banco e outros são utilizados para desmanche. As investigações da polícia também dão conta de que as quadrilhas são formadas por integrantes da Paraíba e do Estado de Pernambuco.
De acordo com o delegado titular da DRF, Glauber Fontes, os números de roubos de veículos incluindo carros na cidade tem aumento a cada ano. Ele disse que um levantamento apontou que em 2010, o total de automóveis roubados foi de 76. Já em 2011, os bandidos conseguiram roubar 103 carros e este ano, já são 101 ocorrências. Se comparar o total de ocorrências registradas em todo ano de 2011 com os as que foram comprovadas somente no primeiro semestre, terá um aumento percentual de mais de 100%.
O delegado disse que mesmo com os números crescentes, a polícia tem conseguido recuperar a maioria dos veículos. “Mais de 85% do total de carros roubados em Campina Grande somente no primeiro semestre do ano, foram recuperados. Mas o crime ainda é desafiador, porque quase todos os dias têm registro de veículos roubados na cidade. Por conta disso, estamos intensificando nossas ações para coibir os criminosos”, explicou.
O mapeamento feito pela DRF aponta que os crimes acontecem em todos os bairros da cidade, mas que a maioria deles, é no Catolé. O levantamento também mostra que os carros preferidos pelos bandidos são Fiat Uno e Gol.
Segundo Glauber Fontes, as investigações demonstram que existem dois tipos distintos de quadrilhas agindo na cidade. Uma que rouba carros para praticar crimes e outra que leva os automóveis para desmanchar em “cemitérios”, localizados em comunidades rurais da região. “Não há como estimar o prejuízo provocado por essas quadrilhas, mas sabemos que é alto.
Em relação às motocicletas, somente no primeiro semestre, foram roubadas 247 e a maioria delas estaria sendo vendida para pessoas usarem na zona rural. “Por falta de documentação, e não há muita fiscalização na zona rural. Então os criminosos roubam na cidade e vendem no sítio. Outras são usadas para desmanches”, frisou o delegado.
Por Jean Ganso,com Portal Correio