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Everton, a vítima (a esq.) e Wagner, o réu
O empresário Wagner Soares vai a júri popular nesta quinta-feira (23), a partir das 14 horas, em João Pessoa. O réu é acusado de matar o gerente de banco Everton Belmont, em março de 2010 o bancário, num bar em Jaguaribe, João Pessoa.
Wagner respondeu todo o processo em liberdade e a expectativa da defesa, comandada pelo advogado Abrahão Beltrão, é que ele seja absolvido, uma vez que a tese de legítima defesa está fundamentada em documentos, laudos periciais, fotografias e testemunhos. “Apesar da comoção da família da vítima, nós temos um júri técnico em João Pessoa que saberá separar as duas coisas”, acredita Beltrão.
Ele disse que seu trabalho será apresentar as provas existentes que comprovam que Wagner foi espancado pela vítima e que seu último recurso foi dispor da arma que tinha e usá-la para preservar sua integridade física. “Nos solidarizamos com a família da vítima e respeitamos sua dor, mas vamos apresentar fatos, documentos e testemunhos do que realmente aconteceu naquele dia”, reafirmou o advogado de defesa.
Para a família do bancário nada é capaz de acabar com a dor de perder um familiar nessas condições. “Mas seria um consolo para nossa família ver o assassino de Everton condenado e preso, mesmo sabendo que isso será difícil”, disse a mãe da vítima, Ana Gláucia Belmont.
Ela acrescentou que já foi prevenida pelo promotor responsável pelo caso, Edjaci Lima, de que o resultado pode não ser o esperado pela família. “Ele (o pomotor) disse que mesmo que ele seja condenado, o advogado deverá recorrer e que, caso isso aconteça, o assassino continuará em liberdade”, lamenta Gláucia.
“É muito difícil para nós aceitar essa justiça, que permite que um réu confesso, que cometeu um crime num local público e com tantas testemunhas não tenha passado um único dia preso e, pelo que estamos vendo, parece que vai continuar solto. Isso é revoltante, é humilhante para todos nós”, desabafou a mãe de Everton.
Ele informou que amigos e familiares de Everton estarão se reunindo na quinta-feira (23), dia do júri, a partir do meio dia, na Praça Castro Pinto, em Jaguaribe de João Pessoa, quando seguirão em carreata até o Fórum Criminal, onde acontece o julgamento. “Queremos chegar cedo e ocupar todos os lugares disponíveis para mostrar que ainda temos esperanças de que a justiça prevaleça”, finalizou Gláucia.
O Crime
O crime foi amplamente noticiado nos veículos de comunicação da Paraíba e teve grande repercussão, se tornando um dos casos emblemáticos que embalam os protestos e manifestações pela paz no Estado.
O que foi noticiado na época é que Everton estaria bebendo em um bar no bairro de Jaguaribe, próximo onde morava, quando foi abordado por Wagner que lhe cobrava satisfação por problemas em sua conta bancária no valor de R$ 500. A discussão ficou mais séria e em dado momento Wagner teria foi até o veículo que dirigia, uma caminhonete L200, pegou um revólver, voltou à mesa onde Everton estava e disparou vários tiros. 
O bancário foi atingido por dois tiros no tórax e na perna da vítima. Ele chegou a ser socorrido e  levado para o Hospital da Unimed, mas morreu pouco tempo depois de dar entrada.
A arma do crime, que está de posse da Justiça, foi tirada das mãos de Wagner logo após os disparos por amigos de Everto.
Wagner se apresentou espontaneamente à polícia, tem residência fixa, atividade financeira reconhedia e era réu primário, nunca tendo se envolvido noutro crime. Por isso a Justiça lhe assegurou o direito de responder todo o processo em liberdade.
Por Jean Ganso,com Portal Correio
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