A conta de luz vai ficar mais cara na
Paraíba a partir da próxima segunda-feira (2). A Agência Nacional de
Energia Elétrica aprovou nesta sexta-feira (27) a revisão extraordinária
para 58 concessionárias. Para Campina Grande e mais cinco cidades,
atendidas pela Energisa Borborema, o aumento será de 5,7% e no restante
do Estado, que tem o fornecimento da Energisa Paraíba, o índice será de
3,8%.
Também começam a valer na semana que
vem os novos valores para as bandeiras tarifárias, que permitem a
cobrança de um valor extra na conta de luz, de acordo com o custo de
geração de energia. Além da revisão extraordinária, as distribuidoras
passarão neste ano pelos reajustes anuais, que variam de acordo com a
data de aniversário da concessão.
Segundo a Aneel, a revisão leva em
consideração diversos fatores, como o orçamento da Conta de
Desenvolvimento Energético (CDE) deste ano, o aumento dos custos com a
compra de energia da Usina de Itaipu – por causa da falta de chuvas -, o
resultado do último leilão de ajuste – que aumentou a exposição das
distribuidoras ao mercado livre – e o ingresso de novas cotas de energia
hidrelétrica.
“No ano passado e neste ano, o custo
da energia elétrica tem sido realmente alto, porque o regime hidrológico
não está favorável, temos despachado todas as térmicas, que têm um
custo mais alto”, explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.
A revisão extraordinária está prevista
nos contratos de concessão das distribuidoras e permite que a Aneel
revise as tarifas para manter o equilíbrio econômico e financeiro do
contrato, quando forem registradas alterações significativas nos custos
da distribuidora, como, por exemplo, modificações de tarifas de compra
de energia, encargos setoriais e de uso das redes elétricas. Na tarde
desta sexta, a Aneel também aprovou o orçamento da CDE para este ano,
que prevê repasse de R$ 22 bilhões para a conta dos consumidores de
energia.
Entre dezembro de 2014 e fevereiro de
2015, várias empresas solicitaram a revisão extraordinária, por causa da
falta de chuvas e da maior necessidade de compra de energia de
termelétricas, que é mais cara.
Agência Brasil