Após assembleia realizada na manhã de ontem, o comando geral de greve do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), do campus de João Pessoa, decidiu pela continuação do movimento grevista, contrariando orientação do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). A afirmação é da coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (SintefPB), Vânia Maria Medeiros. A greve completará três meses amanhã e deixa 7.500 alunos sem aula.
Segundo Vânia Medeiros, a assembleia de base da capital adiou para o próximo dia 12 a reunião que poderá dar fim à greve. “Precisamos de elementos para fortalecer o movimento e nos juntarmos com o Congresso, para que possamos reavaliar a situação e decidir pelo fim ou não da greve”, afirmou.
Vânia Medeiros disse que a categoria reivindica a retomada das negociações por parte do governo, visando a reestruturação da carreira do corpo docente, bem como dos técnicos administrativos.
A professora Vânia Medeiros chamou a atenção para a política de produtividade que o Governo Federal quer impor aos trabalhadores da educação. Segundo ela, a metodologia de avaliação da carreira, que o governo quer adotar, traz menos benefícios e mais entraves à progressão dos servidores.
De acordo com a coordenadora do SintefPB, a categoria está articulando com o Sindicato dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba e de Campina Grande a participação do movimento Grito dos Excluídos 2012, no próximo dia 6.
Vânia Medeiros informou também que ainda não há calendário para a reposição das aulas, mas que isso é um compromisso histórico da categoria e deve acontecer.
Algumas das reivindicações dos grevistas são o reajuste salarial de 22,08%, estruturação da carreira docente de técnico-administrativo, democratização do instituto e ainda o repasse de 10% do PIB nacional para educação.
Por Jean Ganso,com JP