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 Dilma foi enterrada nesta segunda

Com protestos contra a gestão da presidente Dilma Rousseff (PT), professores da Universidade Federal da Paraíba retornaram ao trabalho, nesta segunda-feira (17), pela manhã,  após 121 dias de greve. Os professores, às 16h00, promoveram o "enterro simbólico" da presidente.Junto com alunos, percorreram boa parte do campus 1, que fica em João Pessoa, num "cortejo fúnebre".

A manifestação teve direito a "velório" durante toda a manhã. Os professores colaram uma foto de Dilma, com os olhos fechados, sobre a tampa de um caixão de defunto.O "velório" foi realizado no Centro de Vivência do Campus 1. Às 16h, professores e alunos seguiram no cortejo até o Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), onde foi realizado o "enterro simbólico". Também houve ato público contra o ministro da Educação, Aloízio Mercadante.

De acordo com Marcos Montenegro, do comando de mobilização dos professores da UFPB, o projeto de lei enviado ao Congresso Nacional no dia 31 de agosto não prioriza a categoria. "Temos um projeto de lei que representa mais o desejo do governo do que o sonho da categoria. A greve acaba, mas a luta continua", disse.

Segundo a assessoria de comunicação da UFPB, o início das atividades ocorreu normalmente nesta segunda. Apenas alguns alunos não tiveram aulas, "mas não houve nada anormal".

Calendário
Nesta terça-feira (18), às 9h, o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) se reunirá no auditório da reitoria da UFPB para decidir sobre o novo calendário letivo. Nesta segunda, teve início o semestre 2011.2 com previsão para acabar no dia 15 de outubro.

Segundo Valdir Barbosa, pró-reitor de graduação da UFPB, o final do semestre 2012.1 está previsto para o dia 06 de novembro nos campus 1, 2 e 3. O Campus 4 - que funciona nas cidades de Areia (no região do brejo) e de Mamanguape (no litoral norte paraibano) - é o mais defasado.
Greve
O fim da greve foi aprovado na quarta-feira passada, em assembleia dos professores, por 268 votos a favor. Foram registrados 25 contra e 5 abstenções.Em 2011, a UFPB tinha pouco mais de 2 mil professores e cerca de 40 mil alunos.

Os docentes pediam melhores salários e a reestruturação da carreira, além da "melhoria nas condições de trabalho e ensino".Eles acabarm aceitando a proposta do governo de reajuste salarial entre 25 e 40%, parcelados, a partir do ano que vem.

Entre os problemas de infraestrutura, os professores dizem enfrentar falta de laboratórios, bibliotecas, salas de aulas e até mesmo material básico de higiene, além de obras abandonadas, algumas há mais de dois anos. "Eu mesmo já cheguei a dar aula numa sala com quase 100 alunos. Muitos tiveram que sentar no chão", disse o professor Ricardo Lucena, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (Aduf-PB).
 
Segundo ele, dos mais de 500 professores, apenas 18 possuem doutorado.  "Houve um aumento considerável no número de alunos sem a contrapartida da realização de concurso público para a contratação de docentes e técnicos", observou Lucena.
 
Por Jean Ganso com Portal correio
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