O governador Ricardo Coutinho entrou firme na guerra das medidas provisórias. Por solicitação dele, os deputados do consórcio governistas estão sendo orientados a votar favoráveis as MPs.
Por não ter a certeza da vitória, o governo tenta virar o voto de parlamentares oposicionistas. Um deles seria o deputado Vituriano Abre (PSC), que andou visitando uma Secretaria de Estado a tiracolo do líder Hervásio Bezerra.
Segundo informações, o deputado João Gonçalves (PSDB), um misto de situação e oposição, resiste em votar contra os agentes fiscais. Uma das medidas provisórias propõe a retirada de subsídio da categoria, assegurada por uma lei de iniciativa da época do governo Cássio Cunha Lima.
Gonçalves balança em suas convicções. Ao contrário do deputado Doda de Tião, da base governista, que vota a favor dos agentes fiscais por integrar o grupo dessa categoria do servidor público. E o deputado Toinho do Sopão (PTN) vota em quem.
Em conversas reservadas, parlamentares afirmam que o governo sinalizou com uma melhor relação com eles, uma queixa antiga. Os deputados só não as tornam pública por achar que o ambiente vai melhorar.
O governo comprometeu-se a atender pedidos encaminhados ao governo já algum tempo, mas que ainda não foram atendidos pelo Palácio da Redenção.
A aprovação das medidas provisórias acontecerá por maioria simples. Ou seja, 19 votos. Quem obtiver 10 votos ganha a parada. Para não mostrar fragilidade política, o governo luta pra vencer.
Também vai a votação a Medida Provisória que cria a Secretaria da Fazenda. Se não tiver a certeza da vitória, a orientação é esvaziar o plenário, uma estratégia velha demais para um governo que se diz inovador, revolucionário...
Por Jean Ganso, Com Blog Marcone Ferreira
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