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Um dia desses olhando o serviço de limpeza de nossa cidade (Jacaraú) me deparei com um homem, de camiseta, bermuda, cabelo esvoaçado e muito falante,    percebi logo que não era um de nossos conhecidos garis, ao olhar    novamente e mesmo sem acreditar direito, reconheci que se tratava do    promotor de justiça Marinho Mendes Machado, que estava tendo um dia    de gari.

Aquela atitude do  promotor me levou a uma profunda reflexão. Porque minha mente demorou associar a figura de um promotor de justiça com um saco de lixo nas costas?

Porque essa demora em aceitar isso, seria a falta do terno e gravata?

A roupa cor laranja devia chamar mais a atenção!

Apesar de serem  imprescindíveis, muitas pessoas costumam considerar esse  trabalhador apenas como uma sombra na sociedade, seres invisíveis,    sem nome.

O gari de forma gera enfrenta o drama da “invisibilidade pública”, ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão  social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a    pessoa. Mas o que todos não sabem, é que o gari é peça   fundamental na sociedade. “Já imaginou se as ruas não fossem  limpas, os canteiros não fossem limpos e o lixo doméstico não    fosse recolhido?”,

Mas infelizmente vivemos em uma sociedade que o cidadão que tem por profissão gari, é  visto apenas como aquele que remove o lixo, lixo esse deixado por   aqueles que se julgam maiores, mais limpos. Só que falta a maior  limpeza que é a moral, essa sujeira, gari nenhum pode limpar e  assim temos tanta imoralidade na sociedade, ah, se houvesse gari que limpasse a moral, certamente teríamos um mundo melhor.

Nos assusta ver a falta de educação de muitos, que julgam tão importantes, que mal dão um bom dia, aos garis. Nos assusta ver pessoas que colocam terra,  pedra, entulho para o gari levar. Nos assusta ver a falta de amor cristão, daqueles que não tem coragem de pegar um copo de sua cozinha e oferecer com água para os garis. Oh, sociedade hipócrita  que vivemos, como faz falta garis de moral, que limpem a sujeira do    caráter, da moral.

Promotor que vira gari, pode assustar. Mas não se assuste se um dia um gari se tornar promotor, assim, talvez você possa vê-lo e quem sabe dizer: Bom dia Doutor!


Por Jean Ganso,Com Pastor Paulo Eduardo
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