No período de 1º de janeiro a 9 de março
deste ano (10ª semana epidemiológica de início de sintomas), foram
notificados na Paraíba 11.657casos suspeitos de dengue, segundo o
boletim divulgado nesta sexta-feira (11) pela Secretaria de Estado da
Saúde (SES). Em 2015, no mesmo período, foram registrados 1.795 casos
suspeitos de dengue, evidenciando um acréscimo de 549,41%. Diante disso,
a Secretaria de Estado da Saúde (SES) ressalta a extrema importância de
traçar, executar e intensificar as ações de combate ao Aedes aegypti
por parte dos órgãos públicos contando, principalmente, com o
envolvimento da população.
De acordo com o boletim, nesse período foram notificados nove óbitos
suspeitos de dengue, ocorridos nos municípios de Campina Grande,
Monteiro, São Bento, Bayeux, João Pessoa, Caiçara, Pilões e Sapé. Destes
óbitos, um foi confirmado, um foi descartado e sete seguem em
investigação. Foram registrados, também, dois óbitos de casos suspeitos
de Chikungunya, ambos em investigação. A investigação cursa com busca de
informações domiciliares, ambulatorial e hospitalar, conforme Protocolo
do Ministério da Saúde.
A Gerência Executiva de Vigilância em Saúde da SES informou que os
óbitos que se encontram em investigação estão aguardando o resultado do
laboratório do Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará, e seguem
acompanhados pela área técnica e municípios, conforme preconizado pelo
Ministério da Saúde.
"Pela situação apresentada neste informe, é importante frisar que as
vigilâncias (epidemiológica e ambiental) intensifiquem suas ações. Foi
comprovada, por meio de exames laboratoriais, a presença dos três
agravos (dengue, chikungunya e zika) no Estado. É preciso que as
atividades educativas em saúde, de controle vetorial (combatendo os
possíveis focos do mosquito) e de visita casa a casa sejam reforçadas",
alertou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata
Nóbrega.
Ela enfatizou, também, que é de extrema necessidade que a rede de
assistência esteja sempre alerta para receber os pacientes que
apresentem as sintomatologias de cada agravo. "É preciso que os
profissionais estejam atentos para, assim, lidar com rapidez e de
maneira adequada cada caso, em acordo com as orientações repassadas pelo
Ministério da Saúde. Desta forma, evitaremos o agravamento dos sintomas
das doenças e possíveis óbitos", informou.
Febre chikungunya - De 1º de janeiro a 9 de março de 2016,
registrou-se 107 casos notificados como suspeita de Chikungunya (Sinan
NET). Destes, 13 foram confirmados laboratorialmente, os demais seguem
em investigação.
A SES lembra que todo caso suspeito de chikungunya é de notificação
compulsória imediata e deve ser informado em até 24 horas às esferas
municipal, estadual e federal. Para a notificação deve-se ligar para
0800 281 0023, 3218 7331 ou 98828 2522.
Zika vírus - A Paraíba tem atualmente três unidades sentinelas do
zika vírus, implantadas em Bayeux, Campina Grande e Monteiro, conforme
recomendação do Ministério da Saúde. De 1º de janeiro a 9 de março de
2016, foram notificados 81 casos como suspeita de zika vírus.
A SES ressalta que para que as atividades de intervenção sejam
desencadeadas não é necessária a confirmação laboratorial, tendo em
vista que as ações epidemiológicas e ambientais devem ser permanentes.
Sobre os agravos:
Zika: Pacientes que apresentem manchas que coçam (exantema
máculopapular pruriginoso), acompanhado de pelo menos dois dos seguintes
sinais e sintomas: febre e/ou hiperemia conjuntival sem secreção e
coceira (prurido) e/ou dores nas articulações e/ou edema nas
articulações.
Dengue: Pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para
área onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha presença de
Aedes aegypti. Apresenta febre, usualmente entre dois e sete dias, e
apresente duas ou mais das seguintes manifestações: náuseas, vômitos,
exantema, mialgias, artralgia, cefaléia, dor atrás dos olhos
(retroorbital), pontos vermelhos no corpo (petéquias) ou prova do laço
positiva e diminuição da taxa sanguínea de leucócitos (leucopenia).
Chikungunya: Paciente com febre de início súbito, acima de 38,5°C, e
dores articulares (artralgia) ou artrite intensa de início agudo, não
explicado por outras condições - sendo residente ou tendo visitado áreas
endêmicas ou epidêmicas até duas semanas antes do início dos sintomas
ou que tenha vínculo epidemiológico com caso confirmado.
Secom-PB
Jean Ganso/Portal Tambaú 247