O
 senador Aécio Neves (PSDB-MG) deve passar a ser investigado formalmente
 na Operação Lava Jato depois de ter sido acusado de receber propina na 
delação premiada do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS).
 O caso ainda será analisado pelos procuradores do grupo de trabalho da 
Operação Lava Jato na PGR (Procuradoria-Geral da República), mas 
investigadores ouvidos pela reportagem avaliam preliminarmente que deve 
ser pedida abertura de inquérito contra o tucano, que também é 
presidente nacional do PSDB.
 Em um dos termos de sua delação premiada, o senador Delcídio do Amaral 
(PT-MS) afirmou que o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), 
recebeu propina de Furnas, empresa de economia mista subsidiária da 
Eletrobras.
 Ainda sobre o tucano, Delcídio relatou um caso na CPI dos Correios, que
 investigou o mensalão, no qual Aécio teria atrasado o envio de dados do
 Banco Rural para fazer uma "maquiagem" nas informações.
 "A maquiagem consistiria em apagar dados bancários comprometedores que 
envolviam Aécio Neves, Clésio Andrade, a Assembleia Legislativa de Minas
 Gerais, Marcos Valério e companhia", afirmou.
 Para os investigadores, o caso envolvendo a CPI é o mais grave 
envolvendo Aécio e deve ser o principal alvo do grupo de trabalho da 
Lava Jato na PGR.
 De O Tempo