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Uma projeção preocupante para a Paraíba foi feita pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra: a seca vai continuar castigando o Estado até o final de 2014. A projeção foi feita com base em pesquisas climáticas que apontam que a estiagem, considerada a pior dos últimos 50 anos, ainda vai perdurar e que chuvas serão fenômenos raros em todo o Nordeste.

Seca no NordesteA Paraíba tem ainda um agravante. Os reservatórios de água nunca estiveram tão baixos e, de maneira generalizada, em todo o Nordeste as reservas de água chegam a no máximo 40% de sua capacidade.  A Paraíba é o terceiro estado em pior condição de reserva de água, com apenas 33% de sua capacidade abastecida. Em primeiro lugar está Pernambuco, 28%, e a Bahia, com 30%.

“As previsões já se confirmaram e as chuvas que ocorreram foram iguais ou inferiores às do ano passado. Estamos caminhando para o segundo ano de seca e com os reservatórios com níveis mais comprometidos, o que aumenta muito nosso desafio para garantir o amparo aos mais castigados pela estiagem”, revelou o ministro. 

O ministro deu um também uma esperança aos nordestinos. O Governo Federal estará promovendo ações que minimizam os efeitos nocivos da seca com um aporte de recursos que chega a R$ 9 bilhões. Entre as principais ações estão a construção de cisternas, que dever chegar 750 mil até dezembro de 2014, além de um amplo programa de perfuração de poços para ampliar a oferta de água nesses períodos mais críticos, com 2.500 novos poços até o final deste ano. 

Também foram anunciados pelo ministro um reforço na operação de fornecimento de água por meio de carros pipas, da garantia safra e da bolsa estiagem. A renegociação das dívidas dos pequenos produtores rurais que estavam sem condição de acessar novos créditos para investir em suas propriedades enquanto a chuva não chega também foi reforçada pelo ministro.

Em relação às obras de transposição do Rio São Francisco,  o ministro disse que até o final de abril toda a fase de licitação de todas as etapas da obra estará concluída e, em seguida,  começará a plena realização da obra, com um reforço de mais 4 mil trabalhadores, que se somarão aos 4,3 mil que já trabalham no local. “A ordem da presidenta Dilma é que 100 quilômetros da obra estejam concluídos em 2014 e todo o resto até 2015”, afirmou Bezerra.

Por Jean Ganso,com Portal Correio
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