Agindo a seu modo, utilizando a imposição como instrumento prático de fazer política, o ex-deputado Zenóbio Toscano (PSDB), candidato a prefeito de Guarabira pelo bloco de oposição, anunciou o vereador José Antonio de Lima (Zé do Empenho) como seu companheiro de chapa, afundando de vez as pretensões políticas das famílias Pimentel, Meireles e Porpino.
Antes de confirmar o vice de seus sonhos, Toscano enganou o quanto pode os pretensos pré-candidatos de seu grupo político, leia-se Jáder Filho, Beto Meireles, Lucas Porpino, Marcelo Bandeira, além de Jáder Pimentel e Marcos Diogo. A todos Zenóbio deixou trnasparecer chances reais de tê-los como companheiro de chapa. A deputada Léa teve participação importante no que decidiu seu marido.
Família Pimentel - Um dos pretensos pré-candidatos a companheiro de chapa de Zenóbio com, aparentemente, mais chance de ser alçado a condição de vice, era o vereador Jáder Filho (PSD). De tudo o parlamentar fez um pouco para convencer Toscano a indicá-lo a vaga, mas, na última hora teve seus sonhos e os de sua família dizimados.
Jáder Filho e seu pai, o ex-prefeito Jáder Pimentel (PSB), romperam aliança com o grupo Paulino para apoiar a candidatura de Léa Toscano em 2008. Perderam o pleito para o Grupo do PMDB, mas, se mantiveram ao lado de Léa e Zenóbio.
“Dr, Jáder”, que dizia ter encerrado suas atividades políticas partidárias, ainda foi para o sacrifício em 2010, se lançado deputado federal com o objetivo de reforçar a candidatura de Léa que, naquela eleição, disputava uma vaga para a Assembléia Legislativa da Paraíba.
A esposa de Zenóbio foi eleita deputada com expressiva votação em Guarabira. Já o ex-prefeito Jáder Pimentel não logrou êxito em sua campanha de deputado federal, mesmo repassando mais de 5 mil votos para Léa Toscano. Naquela eleição, forçaram “Dr. Jáder” a vincular seu voto ao de Léa.
Família Porpino - O caso de Lucas Porpino é semelhante ao de Jader Filho. Porpino era vereador, considerado um dos mais atuantes da Câmara Municipal, inclusive com a reeleição assegurada. No entanto, na campanha de 2008, foi para o sacrifício por imposição de Zenóbio Toscano, sendo candidato a vice ao lado de Léa. No final da eleição, a atual prefeita Fátima Paulino venceu a chapa adversária por uma maioria de 1.200 votos.
Lucas ficou sem mandato todo esse tempo. Agora, pensando em ser compensado com a vaga de vice ao lado de Zenóbio, o ex-vereador e presidente municipal do DEM também foi preterido da chapa para dar vaga ao vereador Zé do Empenho, oriundo do bloco de situação.
Família Meireles – Na campanha de 2004, Beto Meireles havido sido confirmado pré-candidato a vice na chapa de Fátima Paulino. Léa estava findando sua segunda gestão e, como nenhum Toscano poderia candidatar-se a reeleição, Zenóbio tirou Beto da chapa do PMDB, e o lançou “prefeito” pelas oposições.
Meireles também foi para o sacrifício, inclusive para enfrentar uma candidata fortíssima (Fátima Paulino), sobretudo pelo desgaste da administração Léa Toscano, eivada de escândalos de todo ordem. O próprio Zenóbio havia confidenciado a assessores que “só uma zebra” faria a oposição vencer àquela eleição.
No final, Fátima Paulino venceu a campanha por quase 6 mil votos de maioria. Após o pleito, Beto ficou arrasado, mas, em seguida conseguiu eleger-se vereador, sendo, nos últimos tempos, o principal crítico da atual administração, ajudando a oposição não ser esquecida de vez.
Pois bem. Nesse momento, Beto Meireles pensava que o sacrifício feito em 2004 iria ser recompensado ou reconhecido por Zenóbio. Pelo contrário, Toscano lhe tirou a vaga de vice e impôs o nome de Ze do Empenho, mesmo o presidente do PRB municipal nunca ter prestado serviço algum ao bloco de oposição.
A partir da confirmação de Zé do Empenho com vice e, pelo estilo impositivo de Zenóbio, a ordem aos descontentes (Jáder Filho, Lucas Porpino, Jáder Pimentel, Beto Meireles, Marcelo Bandeira e Marcos Diogo) é aceitar o que foi determinado. Sem choro, nem ranger de dentes.
Por Jean Ganso,com Fato a Fato