“Eu não tenho qualquer problema com isso, para mim as auditagens
podem ser feitas em todas as urnas”. Foi com essa declaração que o
governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) reagiu à decisão do
Tribunal Superior Eleitoral sobre a auditoria nas urnas usadas nas
eleições de 2014 no pleito da Paraíba.
Para Coutinho, a eleição de 2014 foi decidida por uma maioria de mais
de 100 mil eleitores que escolheram permanecer, democraticamente, com o
Governo do PSB.
“Vejo essa decisão com a maior tranquilidade, na verdade eu nem
acompanhei isso, para mim 2014 já passou, e passou com a população
expressando quem ela queria que governasse e essa população quis que
quem governasse fosse aquele governo que cuida dos idosos, das crianças,
das estradas, dos hospitais, ela fez uma opção para isso, esses que
ficam mexendo, procurando criar instabilidade, esses na verdade não
terão sucesso, porque a Paraíba conhece quem são”, alfinetou.
O governador aproveitou para novamente criticar o senador Cássio
Cunha Lima (PSB), que governou a Paraíba por seis anos, no entanto, não é
lembrado por nenhuma obra.
“Você imagina alguém que passa seis anos exercendo o poder e você não
consegue lembrar-se de nada do que ele fez, isso é algo serio, ou seja,
eu não tenho a menor preocupação com isso (auditagem), eu fui eleito
para governar e estou governando, se as condições melhorarem a gente faz
mais ainda do que vem fazendo, auditagem para mim deve ser feita em
todas as urnas, eu não tenho problema com isso, eu sei da liberdade que o
povo teve para poder votar, foram mais de 111 mil votos de maioria que
votaram na minha pessoa e na nossa aliança, estou tranqüilo”, disse.
A decisão de auditar as urnas da Paraíba foi acatada pelo ministro
Dias Toffoli no final da tarde de ontem, terça-feira (31), que atendeu
um pedido do deputado Carlos Sampaio, do PSDB mineiro, e um dos
coordenadores da campanha do senador Aécio Neves a presidente.
Relator do pedido, Toffoli deferiu o acesso do PSDB aos dados
necessários para a realização da auditoria independente nas urnas
eletrônicas e no processo de votação. Não ficou ainda muito claro como
se dará a auditagem das urnas, como por exemplo, se irá contemplar todos
os Estados, mas o fato é que as urnas irão passar por um processo de
averiguação técnica quanto ao resultado da eleição.
PB Agora