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Novata da Assembleia, tucana fala planos e pretensões a frente do mandato no parlamento

De sorrisos fartos e cativantes, a deputada eleita, Camila Toscano (PSDB),  tem mostrado que não irá apenas figurar na Assembleia Legislativa nos próximos quatro anos. Oposicionista, a  tucana promete acompanhar de perto a gestão do governador Ricardo Coutinho.

“Tenha certeza que vou ser uma deputada muita atuante na oposição. Vou fiscalizar o governo do estado e cobrar do governador aquilo que ele prometeu na campanha, vou buscar melhorias par ao nosso povo”, disse Camila em entrevista ao Portal MaisPB

No seu primeiro mandato eletivo e sem ainda ter exercido nenhum cargo público, a filha do prefeito de Guarabira e da deputada estadual Léa Toscano (PSB), tem demonstrado segurança e muito desembaraço nos contatos com a mídia e poder de articulação política.

Camila visualiza a eleição da Mesa Diretora da Casa e, junto com outros novatos, Dinaldinho Wanderley (PSDB), Tovar (PSDB), Bruno Cunha Lima e Renato Gadelha (PSC), a tucana trabalha para que o seu partido tenha lugar na gestão do parlamento paraibano.

“O que queremos com isso é espaços para o PSDB. Conseguindo esses espaços na mesa e nas comissões a gente segue unidos, explicou.

Se denominando como uma representante do Brejo e do Vale do Mamanguape, a parlamentar também falou de outros assuntos, como o seu ingresso na disputa eleitoral e da briga local entre as Famílias Toscano e Paulino e não descartou representar o grupo futuramente na disputar pela Prefeitura de Guarabira.

“Para eu pensar em eleição para prefeita, pode botar mais dez anos pra isso”, declarou.

Confira a íntegra da  entrevista da parlamentar ao MaisPB


 MaisPB – Deputada, primeiro mandato e primeiro cargo público a exercer. Qual a sua expectativa para isso?

Camila Toscano – A expectativa é que eu possa fazer um mandato voltado para a Paraíba e que ajude a vida da nossa população. Lutar pelo bem da sociedade e espero que consiga honrar os votos que tive com muito trabalho.

MaisPB – A senhora é filha de políticos deputado. Sofreu algum tipo de rejeição por isso?

Camila Toscano – Houve muito. Diziam que meu pai queria me dar emprego e que eu estava alí por ser filha de Zenóbio. Em outras profissões é normal o filho seguir a carreira do pai, mas na política falam muito porque o político está muito desgastado. Meu pai entrou na política quando eu tinha dois anos. De lá para cá nunca ficou sem cargo eletivo. Foi prefeito, cinco vezes deputado e agora prefeito novamente. Cresci nessa vida. Então é normal que se tome gosto e se acostume com essa vida e queira também seguir o caminho deles.

MaisPB – Antes de ser deputada eleita, Quem era Camila além da filha de Zenóbio e Léa Toscano?

Camila Tocano – Sou advogada desde 2003. Desde que me formei e fiz o exame da Ordem dos Advogados do Brasil eu advogo. Há oito anos tenho um escritório em João Pessoa com mais três sócios. Claro que a advogada agora perde um pouco de espaço para política. Mas, o meu trabalho é a advocacia.

MaisPB - Você é de uma família tradicional na política. Porque antes não teve o interesse de disputar cargos, como por exemplo, o de vereadora na sua cidade?

Camila Toscano – Acho que se junta à vontade com oportunidade. Nesse caso, os dois surgiram agora. Esperei primeiro a minha formação, entrar no mercado de trabalha para poder ingressar na política. Eu estou deputada, mas não sei se será por quatro anos. Isso depende do povo e não de mim. Esperei primeiro minha formação. Da mesma forma, meu pai quando entrou na política já era engenheiro formado e tinha uma construtora. Adotei a mesma linha dele, de ter meu meio de vida para depois vir para a política. Isso também vem com a oportunidade. A oportunidade de ser candidata a deputada surgiu agora.

MaisPB - Como novata em um universo de 36 deputados. O que a senhora pretende fazer para se destacar para o povo da Paraíba?

Camila Toscano – Tem vários novatos. Todos os quatro parlamentares eleitos no meu partido são novatos. Acho que, no meu caso, fazer uma oposição de forma responsável. Bater quando for necessário, falar quando for preciso e dizer o que é bom e o que não é bom para a Paraíba. Com projetos para aqueles que mais precisam acho que consiga destaque.

MaisPB – Qual o seu caminho para a presidente da Assembleia. A senhora assinou uma suposta lista de apoio ao deputado Adriano Galdino?

Camila Toscano – Sinceramente eu ainda não fui procurada por nenhum candidato a presidente da Assembleia. Não assinei lista nenhuma. O que posso dizer de concreto sobre a mesa da Assembleia é que o PSDB vai seguir unido. Os quatro parlamentares eleitos: eu Dinaldinho, Tovar e Bruno votaremos em bloco. Vamos ver quem serão os candidatos porque, oficialmente, só tem Adriano Galdino. Mas, o eleito será votado pelos quatro. O deputado Renato Gadelha (PSC) também vem se integrar a esse nosso bloco, mesmo não sendo do PSDB. Vamos analisar os candidatos e ver os que têm as propostas melhores. O que queremos com isso é espaços para o PSDB. Conseguindo esses espaços na mesa e nas comissões seguiremos unidos.

MaisPB – Ficou decidido qual o espaço que se quer?

Camila Toscano – A gente está fazendo reunião. Tivemos uma e vamos fazer outras e definir o que queremos para quando chegar ao candidato a presidente dizer aquilo que almejamos.

MaisPB – A senhora fala de oposição responsável. Qual a avaliação a senhora faz do Governo Ricardo Coutinho?

Camila Toscano - Pelo menos na região de Guarabira, acho que o governador não atuou. Não tem nenhuma obra estruturante do governo. Não posso avaliar um governo como bom se na região onde atuo, participo e estou não vejo nenhuma atividade. Guarabira, onde meu pai é prefeito, não tem nenhum convênio do governo com a prefeitura.

MaisPB - A senhora acha que isso é algum tipo de retaliação do governo estadual com o municipal tendo em vistas as posições políticas diferentes ou é por acaso?

Camila Toscano – Eu só posso dizer que sim. O governador esquece que ele não está perseguindo o prefeito, mas o povo de uma cidade. No momento que se comprometeu a fazer um convênio de R$ 3,8 milhões para reforma do mercado e depois retira essa verga sob a alegação que não tinha projeto, quando já foi provado que há, eu só entendo que é uma retaliação política.

MaisPB – Além de Guarabira, qual a região que a senhora vai defender?

Camila Toscano – O brejo e o Vale do Mamanguape aonde eu fui votada. É até errado dizer isso porque de todo jeito você é a deputada da Paraíba. Então de todo jeito eu vou defender os interesses do Estado. As lideranças que tendem a me procurar para melhorias e soluções para as cidades é a região do Vale do Mamanguape e do Brejo.

MaisPB – Quais os problemas apontados por esses que lhe procuram?

Camila Toscano – Na saúde, pois o Hospital de Guarabira está muito ruim. As estradas estão ruins. Ouvirei as lideranças para que elas me tragam os problemas das cidades. Conversei uma liderança de Jacaraú e ela me relatou que a segurança lá está horrível, inclusive com os bancos fechando mais cedo. Minha intenção é ouvir as lideranças aonde eu fui votada. Os prefeitos, vereadores para ver o que é preciso e tentar buscar de alguma forma ajuda, seja com o governo estadual ou federal. Talvez com o governo estadual tenha mais dificuldade por está na oposição, mas espero que o governador desça do palanque e veja o bem da Paraíba. Nada melhor que a liderança, o prefeito para lhe dizer o que a cidade precisa.

MaisPB – O que Guarabira precisa?

Camila Toscano - Guarabira precisa de segurança, melhorias nas suas estradas, na saúde. Tivemos um problema recente de uma criança que ficou presa em um elevador que esperou seis ou sete horas uma ambulância para vir ao hospital de Trauma. Poderia ter morrido por falta de uma ambulância. N tem um atendimento especializado em Guarabira. Quando falo em Guarabira, falo em trinta cidades da região.



MaisPB – Nesse tempo que esteve como expectadora da política, qual a maior emoção nesse período que viu o pai e a mãe eleitos alguma vezes. Qual o maior momento que a senhora citaria, tirando a sua eleição?

Camila Toscano – O reconhecimento das pessoas. Quando vejo minha mãe abraçada e beijadas pelas crianças, as chamando de tia. Quando entra na casa de uma pessoa e vejo um porta-retrato da minha mãe ou do meu pai. É um amor que eles transferem para o político. Para mim isso é muito comovente.

MaisPB – Já se decepcionou nesse período também?

Camila Toscano – Quando você vê alguém falando e criticando eles, em conhecê-los. Caricaturando eles, principalmente meu pai, de que ele seria rancoroso. Mas quem conhece ele sabe que ele não é.é difícil você ver ele ser apedrejado sem poder fazer nada. Eles são vitrines, agora sou eu a vitrine

MaisPB – E qual é o recado que a senhora deixa para a Paraíba?

Camila Toscano – Que tenha certeza que vou ser uma deputada muita atuante na oposição. Vou fiscalizar o governo do estado e cobrar do governador aquilo que ele prometeu na campanha, vou buscar melhorias par ao nosso povo. Sempre que tiver um projeto em benefício da Paraíba eu vou está lá votando em favor da Paraíba, independente da bandeira que venha. Vou deixar de lado o palanque e pensar em prol da Paraíba. Eu deixo para o povo da Paraíba que confiem em mim.

MaisPB – Como é essa a disputa lá em Guarabira entre Paulino e Toscano. A polarização dos grupos é meio a meio?

MaisPB - É uma cidade divida. Acho que as pessoas gostam dessa divisão entre Toscano e Paulino. Por mais que a gente queria evitar isso, é inevitável. A população mais cria do que a gente com Raniery, Roberto e Fátima. É uma coisa da cidade.

MaisPB –Isso vai ser levado para a Assembleia?

Camila Toscano – Na Assembleia tem que deixar de lado, não posso falar por Raniery, que tem os pensamentos dele, a minha é que seja deixado de lado porque ali são dois deputados que vão buscar melhorias para Guarabira e região. Então, a polarização deve ser deixada um pouco de lado por algo maior que é o bem da Paraíba.

MaisPB - A disputa pela prefeitura fica com os pais ou os filhos também entrarão na disputa?

Camila Toscano – Está muito longe. Acabei de ser eleita e nem tomei posse. Zenóbio tem mais dois anos de mandato e uma possível reeleição. Isto me deixaria inelegível. Para eu pensar em eleição para prefeita pode botar mais dez anos pra isso.


Écliton Monteiro  e Roberto Targino
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