Depois de controlada a rebelião, os presos foram colocados no pátio da
unidade prisional e uma operação pente fino será realizada ainda neste
sábado para calcular o prejuízo
Após quase três horas de tensão, fogo e tiros, terminou por volta das
16h a rebelião na Penitenciária Flósculo da Nóbrega, o Presídio do
Roger, em João Pessoa, de acordo com o diretor geral da unidade,
Langstain Formiga. " Está tudo sob controle. A rebelião foi encerrada. Estamos fazendo a recontagem e vendo os prejuízos e os feridos", disse ao Portal Correio,
por telefone. A confusão generalizada começou no início da tarde deste
sábado (3) e deixou seis presos feridos, conforme uma lista divulgada
pelo coordenador da Pastoral Carcerária da Paraíba, Marcilon da Silva, a
imprensa e familiares dos apenados. Grades e a estrutura interna dos
pavilhões 2, 3 e 4 foram destruídas. Cerca de 600 detentos ficaram
rebelados.
O
coordenador desmentiu a informações de mortes e adiantou que os seis
presos ficaram feridos foram atingidos por bala de borracha, que foram
utilizadas para conter o tumulto. Todos foram socorridos para o Hospital
de Emergência e Trauma de João Pessoa em unidades do Samu e do sistema
penitenciário da Paraíba. Segundo Marcilon, os apenados não correm risco
de morte.
Após controlada a rebelião, os presos foram colocados
no pátio da unidade prisional e uma operação pente fino será realizada
ainda neste sábado para calcular o prejuízo e tentar encontrar objetos
ilícitos, com arma, drogas e celulares.
Segundo Langstain
Formiga, a rebelião foi iniciada minutos antes de uma operação pente
fino que seria realizada nos pavilhões visando apreender arma de fogo.
De acordo com as primeiras informações repassadas pela Polícia Militar,
os presos quebraram as grades e destruíram a estrutura dos pavilhões 2, 3
e 4, onde estão presos em uma mesma facção criminosa.
“Ficamos
sabemos de fonte segura que duas armas de fogo estavam dentro de uma das
celas. Quando íamos iniciar a revista, os presos se rebelaram e
iniciaram um grande tumulto. São cerca de 600 presos que se rebelaram”,
confirmou o diretor.
Formiga descartou a hipótese da rebelião
ter sido provocada por causa da chegada dos suspeitos de matar o lutador
de MMA, Harrison Medeiros, o ‘Cara de Concha’, na noite de révellion,
em cabedelo, na Grande João Pessoa. “Os dois rapazes estão no pavilhão 1
e os presos desse setor estão tranquilos. Não tem nenhuma relação”,
descartou Langstain Formiga.
Por Portal Correio