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Ricardo e Pâmela em Paraty


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1.950 quilômetros separam João Pessoa do Rio de Janeiro, mais 90 até Paraty. Na soma, cerca de 2.040 quilômetros. Como foram duas viagens de ida e volta, é suficiente multiplicar esse valor por quatro, o que dá cerca de 8.200 quilômetros. É o que mostra o plano de voo do King Air do Estado, no período de 28 de dezembro de 2012 a 1 de janeiro de 2013. Mais em bit.ly/17jHzs7 .

Multiplicando-se a distância percorrida por R$ 17, que é o preço do quilômetro rodado, teremos cerca de R$ 140 mil. Esse foi, por baixo, o custo da viagem do governador Ricardo Coutinho e a primeira-dama, Pâmela Bório, para ir passar o réveillon no Rio de Janeiro, com direito a conexões na cidade histórica de Paraty e na paradisíaca Angra dos Reis.

Contabilizando outras despesas como deslocamentos em terra, alimentação e hospedagem (padrão governador), essas cifras podem chegar facilmente a R$ 200 mil. Para chegar a esses valores, o Blog consultou a Premier Táxi Aéreo e descobriu que a empresa cobra R$ 17 por quilômetro percorrido num avião similar ao King Air, que comporta até sete pessoas confortavelmente.

Importante lembrar que, no último mês de maio, a primeira-dama realizou viagem a Belo Horizonte (MG), acompanhada de uma comitiva de profissionais, onde recebeu uma premiação de um jornal local por seus serviços prestados ao turismo mineiro. Na ocasião, o King Air do Estado percorreu 2.386 quilômetros e o custo de sua viagem foi orçada em cerca de R$ 100 mil.

O King Air B200 foi adquirido, ano passado, pelo governador Ricardo Coutinho, por cerca de R$ 5 milhões. Mas, segundo o deputado Gervásio Filho, “o governador desviou os recursos destinados à construção de uma maternidade em Catolé do Rocha para a sua aquisição, obrigando as mães de Catolé a irem ter seus filhos fora da cidade por falta de uma maternidade.” Mais em http://bit.ly/10Gyk11.

O período era de seca – Por último é importante destacar que entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013 a Paraíba passava por uma de suas piores secas dos últimos 50 anos, e muitos sertanejos perderam seus rebanhos e ficaram sem água até para beber, conforme constatou a Caravana da Seca, realizada pela Assembleia Legislativa.

Por Helder Moura
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