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Marinho Mendes
Marinho Mendes
Em evento, Marinho afirmou que falta de planejamento da gestão é responsável pelos problemas de saneamento básico e o esgoto a céu aberto da cidade

“Uma fossa”, foi assim que classificou a cidade de Bayeux, na Grande João Pessoa, o promotor Marinho Mendes. A comparação foi feita no último sábado (10) por ele durante sua participação no Fórum Universitário de Bayeux - "Qual cidade queremos”. A declaração causou polêmica e irritou o prefeito Expedito Pereira (PSB), que emitiu nota em repúdio a afirmação do promotor.

Marinho tratou da carência de urbanização da cidade e pediu medidas efetivas de políticas pública para melhor a qualidade de vida da sociedade. No evento realizado no Fórum da Justiça Estadual da cidade, Marinho afirmou que falta de planejamento da gestão é responsável pelos problemas de saneamento básico e o esgoto a céu aberto da cidade.

Na ocasião, o prefeito que participava do evento, ironizou o promotor e o questionou se ele não queria ocupar o cargo de secretário de Planejamento Municipal. Sem temer a proposta, Marinho afirmou que aceitaria, caso o gestor garantisse a implantação de projetos seus. O prefeito não respondeu o promotor.

Nesta quarta-feira (14), a Prefeitura emitiu uma sobre o tema. Confira a nota:

O Município de Bayeux, através de seu Prefeito Constitucional, vem a público registrar a sua frontal e irrestrita discordância, irresignação e indignação com o posicionamento da Vossa Excelência, o Promotor de Justiça – o Bel. Marinho Mendes Machado que, atualmente, ocupa o cargo de Curador da Infância e Juventude, da comarca de Bayeux, em virtude de sua participação e discurso proferidos no Fórum Universitário de Bayeux - "Qual cidade queremos”, ocorrido na manhã do último sábado, 10 de agosto, do corrente ano, nas dependências do Fórum da Justiça Estadual da cidade.

O referido promotor, de forma descabida e infeliz, fez menção à cidade de Bayeux, em atitude de compará-la a uma "fossa", usando tal termo que, por óbvio, materializou alusão profundamente pejorativa ao utilizar-se de tal denominação, ao tempo em que fez correlação com outras realidades urbanas às condições de qualidade de vida de Bayeux, inclusive, pondo em dúvida dados técnicos, científicos, e índices de desenvolvimento urbano, que são fornecidos por institutos de atuação nacional.

Em que pese o respeito devido e dispensado a toda e qualquer autoridade pública, esta cidade não aceita nem pode tolerar tal rotulação e mácula, que só contribuem para atingir o moral e a autoestima da população, cuja cidade possui natureza histórica e aguerrida, além de não fazer justiça ao seu povo honesto, ordeiro, valente e trabalhador.

Pontue-se também, a título de registro, que: nos últimos dias, de igual sorte, a aludida autoridade em outro gesto bastante crítico fez duras referências a outro magistrado da Vara da Infância e Adolescência, da Capital da Paraíba, Fabiano Moura de Moura, bem como ao deputado federal, Efraim Morais Filho, quando assinalou, publicamente, que os mesmos não detinham qualidades e atribuições para emitir opiniões acerca de assuntos relacionados aos jovens e adolescentes, fato que fora amplamente divulgado pela imprensa do Estado.

Desde logo, este Município demonstra a sua altivez, compromisso e abnegação em contrapor à visão e pronunciamento do ilustre promotor, como forma de fazer justiça a sua história, e como meio de preservar sua imagem e brio, tanto do seu passado quanto do presente, e futuro, em virtude da relevante participação da cidade de Bayeux na escrita da própria história da Paraíba, e do Brasil.

Por Portal Correio 
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