De acordo com a PM, um homem armado não esperou sequer que os policiais
se aproximassem para realizar a busca pessoal tão comum no trabalho da
polícia, procedimento que vem retirando centenas de armas das ruas todos
os meses.
O acusado abriu fogo em direção aos policiais e acertou a viatura. Os
PMs, claro, revidaram. O sujeito foi baleado e socorrido, mas não
resistiu aos ferimentos que ele mesmo fez causar, devido a sua conduta.
E agora?
Agora, os policiais da guarnição serão ouvidos uma, duas, cinco ou
quantas vezes forem necessárias pelo Poder Judiciário (procedimento
natural, claro). Terão que provar que a reação foi legítima e torcer
para que a justiça seja feita, no final do processo.
Mas não é só isso. Mesmo estando a serviço do estado e em defesa da
sociedade (há indícios de que o suspeito havia cometido assaltos na
região), os policiais – agora ‘réus’ – devem desembolsar a grana
necessária para custear os serviços advocatícios dessa briga na justiça.
Alguém tem ideia de quanto isso custa?...
E não para aí. Se [estamos dizendo “SE”] a família da ‘vítima’ morta
for daquelas envolvidas até o pescoço em ações criminosas, aí os PMs
envolvidos na morte do homem armado terão que limitar ainda mais sua
vida social (evitar certos lugares, andar sempre acompanhados de colegas
também armados, tomar todos os cuidados possíveis com filhos, esposa,
etc.).
Isso é ser policial no Brasil.