Em 21 dias, as notificações de casos de chikungunya na Paraíba 
aumentaram 101,3%, passando de 4.111 (em 7 de maio) para 8.276 (28 de 
maio), segundo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde 
(SES), divulgado esta semana. Entre as três doenças causadas pelo 
mosquito Aedes aegypti, esta foi a que teve o maior crescimento 
percentual no período. Os números mostram que a situação epidemiológica 
caminha para a concretização da anunciada tríplice epidemia, pois a 
dengue (cresceu 8,3%) e a zika (21,1%) continuam avançando.
Os
 óbitos notificados de chikungunya foram nas cidades de Monteiro, 
Aroeiras, João Pessoa, São José do Umbuzeiro, Soledade e Santa Cecília. A
 faixa etária das vítimas mostra que o mal não tem predileção, atinge 
recém-nascidos e pessoas de até 92 anos. Segundo a SES, a estratégia 
mais efetiva para evitar os óbitos causados pela dengue, zika e 
chikungunya é a detecção precoce dos casos suspeitos combinado com o 
manejo correto do agravo.
Segundo a gerente operacional de 
Vigilância Epidemiológica da SES, Izabel Sarmento, o crescimento do 
número de casos de chikungnya é esperado uma vez que a doença foi 
introduzida no território paraibano no último trimestre de 2015 e toda a
 população está suscetível, somado a isso está o fato do transmissor 
(Aedes) está presente em toda a Paraíba. A prevenção dessa doença ainda é
 o combate aos criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya
 e zika, não deixando reservatórios de água parada, que é onde o 
mosquito se reproduz.
 Infestação. A Gerência de Vigilância 
Ambiental recomendou a realização do Levantamento Rápido de Infestação 
(Liraa) em abril, que foi realizado em 222 municípios. Destes, 34 
(15,2%) foram classificados como satisfatórios 105 (47%) em alerta e 83 
(37,2%) como em risco de epidemia. 
Apenas o município de Remígio não 
informou seus resultados. Os municípios de Fagundes, Olivedos, Sousa, 
Riacho dos Cavalos, Lagoa Seca, Juazeirinho, Cajazeiras, Uiraúna, 
Pocinhos, Solânea, Nova Floresta, Nazarezinho, Alagoa Grande, Pedra 
Lavada e Santa Terezinha tiveram aumentos consideráveis de manifestação 
do Aedes aegypti.
Portal Correio