A bancada paraibana votou sem nenhuma
surpresa. Apenas dos deputados federais Luiz Couto (PT), Damião
Feliciano (PDT) e Wellington Roberto (PR) votaram contra a abertura do
processo de impeachment. Na sessão da Câmara Federal, os paraibanos
votaram rápidos e o único que atacou o presidente dos trabalhos, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), foi Couto. Quando Wilson Filho (PTB) votou, o placar
ficou em 337 votos a favor e 126 contra o impeachment.
Por pouco a bancada da Paraíba não
decidiu a votação. Recaiu para Pernambuco, estado natural do
ex-presidente Lula, a decisão em plenário. O 342° Voto foi do deputado
federal pernambucano Bruno Araújo (PSDB). A votação seguiu a ordem
alfabética e, portanto, o primeiro a votar pela Paraíba foi Aguinaldo
Ribeiro, líder da bancada do PP. “Eu sou líder da da maioria. Não sou
líder da minoria e por isso sigo a maioria pela admissibilidade desse
processo”, disse.
Benajmin Maranhão (SD) fez um duro
discurso contr a presidente Dilma Rousseff. Ele disse que ela cometeu
crimes e precisava ser punida. “Ela é ladra”, bradou. “Hoje o julgamento
é político, por crime de responsabilidade. Mas ela via responder na
Justiça. Vai responder criminalmente”.
O deputado federal Damião Feliciano
(PDT) seguiu orientação partidária e votou contra o impeachment. “Eu
rogo a Deus pelo futuro da minha Paraíba e do meu Brasil”, disse.
Efraim Filho (DEM) destacou que sempre
votou contra o PT. Disse que sempre apontou “seus erros, seus equívocos
e suas mentiras”.. Presidente da CPI dos Fundos de Pensão, o deputado
do Democratas disse que “o remédio para um governo irresponsável esá
previsto na Constituição e é o impeachment, realizado pelo Congresso é
fiscalizado pelo Supremo Tribunal Federal”.
Em seguida votou Hugo Motta (PMDB) que
afirmou estar convicto de uma união nacional depois do processo, para
que o Brasil retome o seu desenvolvimento. Ele votou favorável ao
impeachment, como já era esperado.
Único deputado do PT da bancada
federal, Luiz Couto afirmou que a população reagirá contra o que chamou
de “golpe” e contra quem estava na cadeira do presidente da Câmara
Federal, dirigindo-se ao deputado federal Eduardo Cunha.
Manoel Júnior (PMDB) começou seu
discurso dizendo que “ecoa na Câmara o clamor das ruas”;. O peemedebista
ofereceu seu voto em favor do processo de impeachment a Pedras de Fogo,
à Paraíba e à cidade de João Pessoa.
Pedro Cunha Lima (PSDB) fez um verso
em seu voto a favor do impeachment: “Na exigência do respeito, que
carrego por efeito, da confiança em mim, voto pela mudança, no composta
da esperança, vamos em frente com a força, e voto sim”, declamou.
Rômulo Gouveia (PSD) afirmou que
chegou ao mandato pela confiança da população. Citou Campina Grande
onde, segundo ele, os eleitores clamam pela mudança do governo federal,
por não aceitar mais o modelo administrativo implantado no país.
“Precisamos nos unir, somar e formar um governo de coalizão no país. O
que estamos votando hoje é o combate à corrupção”, sustentou.
Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) disse
que votava com equilíbrio e moderação. “Com responsabilidade jurídica e
consciência política, o nosso voto é favorável ao prosseguimento do
processo de impedimento da presidente”, afirmou.
Faltando seis votos para oposição
conseguir 342 votos, o deputado Wellington Roberto (PR) votou contra o
impeachment. Sustentou que o impeachment não resolverá os problemas do
país.
“Defendendo novas eleições, eu voto”, argumentou.
Último deputado da Paraíba a votar, o
deputado federal Wilson Filho (PTB) se pronunciou favorável ao
impeachment. “Eu decidi olhar para o futuro, apostar na boa política e
na renovação na esperança dos brasileiros. As pedaladas fiscais
aconteceram e nós estamos no momento certo para mudar o Brasil”,
afirmou.