
Na última segunda-feira, 18, a própria ANATEL havia proibido as
operadoras de serviços de internet banda larga de restringir a
velocidade, cortar internet ou cobrar valores por quantidade de consumo
excedente por 90 dias. A medida prevê multa diária de R$ 150 mil com
limite em dez milhões mensais. A agência pede às operadoras, entre
outras coisas, que deixem claro em materiais de publicidade que irão
limitar os planos. Além de informar ao consumidor sobre as mudanças, as
empresas teriam de enviar ao consumidor perfis detalhados de consumo e
avisá-lo periodicamente sobre os dados utilizados da franquia, evitando
diminuição do serviço sem o cliente ser avisado.
O Ministério das Comunicações assumiu o compromisso de conversar com as
empresas de internet e chegar a um consenso. A tendência é de que os
pacotes oferecidos aos consumidores brasileiros tenham a opção de
franquia limitada ou ilimitada. Governo e empresas costuram um acordo
que, além de permitir a continuidade dos serviços de internet ilimitada,
também irá impor às empresas que divulguem aos clientes o perfil de
consumo e a quantidade de dados utilizada mensalmente. Por um lado o
‘acordão’ permite a operadoras oferecer novos planos ao consumidor, por
outro pode deixar a relação do consumidor com a operadora de banda larga
mais transparente. Estas empresas estão entre as campeãs de reclamações
na Anatel. Os principais motivos são corte de serviços sem aviso e
cobranças indevidas.