Após 12 horas de discussão, a comissão do impeachment encerrou às
4h43 da madrugada deste sábado (8) o primeiro debate sobre o parecer do
deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que é favorável à continuidade do
processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Apesar de a sessão ter sido aberta às 15h39, o debate começou às
16h25. A reunião teve momentos de bate-boca entre deputados, além de
pausa de parlamentares para comer pão com queijo e mortadela.
A discussão será retomada na segunda-feira (11), quando ocorrerá a
votação do parecer. Depois da análise pelo colegiado, o relatório
seguirá para votação no plenário da Câmara. Inicialmente, a sessão
iniciada nesta sexta-feira duraria até 3h, mas líderes partidários
entraram em acordo para estendê-la até 4h30. A reunião acabou sendo
prolongada em mais 13 minutos, para que todos os deputados presentes
pudessem falar.
Ao todo, foram registradas inscrições de 116 deputados na lista de
discursos, sendo 72 para falar a favor do processo de impeachment e 46,
contra. Dois parlamentares se inscreveram tanto na lista dos favoráveis
quanto na dos contrários ao processo de impedimento.
Ao final da sessão, 61 deputados haviam discursado. 40 deles foram a
favor do relatório e, portanto, defenderam a abertura do processo de
impeachment, enquanto 20 se manifestaram contrariamente ao parecer.
Somente um parlamentar disse estar indeciso.
Na segunda-feira, haverá somente discursos de líderes. Em seguida, a
Advocacia-Geral da União poderá se pronunciar novamente em defesa de
Dilma. De acordo com o presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD-DF), o
próprio advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, fará a defesa da
presidente Dilma na sessão.
A votação do parecer está prevista para ocorrer a partir das 17h de
segunda. A data de análise do processo de impeachment pelo plenário da
Câmara ainda não foi definida, mas existe a possibilidade de a discussão
ser iniciada na sexta (15) e que a votação ocorra no domingo (17).
Cada um dos 25 partidos políticos com representação na Câmara terá
direito a uma hora de pronunciamentos no plenário.
G1