Sem
brilho, sem Neymar de titular e com pouquíssimo público, o Brasil
venceu a Costa Rica na tarde deste sábado (5) em Nova Jersey, nos
Estados Unidos, por 1 a 0. Com gol solitário e possível falta de Hulk, a
seleção de Dunga mostrou um futebol de controle de posse de bola e
muitas jogadas pelas laterais de campo, mas que nao empolgou, assim como
havia sido na Copa América. A arbitragem ainda anulou um gol legal para
cada lado. O banco de reservas, que tinha o craque do Barcelona e
também Kaká, foi mais olhado do que o próprio jogo.
O time repetiu o que treinou durante a semana, abrindo bastante o jogo.
Não à toa, os dois destaques individuais brasileiros foram Marcelo e
Douglas Costa. Mesmo no banco, Neymar foi o centro das atenções e teve
seu nome muito gritado. Dentro de campo, no entanto, ele foi discreto e
arrancou menos gritos do quando esteve fora, sentado no banco ou
aquecendo ao lado de Kaká, que foi ovacionado quando entrou no lugar de
Hulk. Lucas Lima, estreante da tarde, também foi bem e serviu como
distribuidor de bolas do meio para as laterais.
Na defesa, desfalcada por Filipe Luís e Daniel Alves e sem Thiago
Silva, a equipe mostrou segurança e quase não foi incomodada. A melhor
defesa de Grohe aconteceu quando o lance já estava invalidado por
impedimento. A seleção agora embarca para Boston, onde enfrenta os
Estados Unidos, no dia 8.
Fases do jogo: O Brasil iniciou a partida pressionando a Costa Rica,
usando bastante as laterais do gramado, como treinado por Dunga durante
toda a semana. Em uma jogada pela direita, aos 10 minutos, Hulk usou a
força para tirar um zagueiro do lance e ficar cara a cara com o goleiro
Acosta e abrir o placar. Houve reclamação por falta. Depois disso, o
time pareceu se acalmar, o que irritou Dunga, que insitia em gritos
pedindo pegada.
Com o placar nas mãos, o Brasil controlou o jogo e ficou apenas
trocando bola do meio para as laterais. Era por ali que Douglas Costa,
Marcelo e Willian criavam as principais chances. Foi assim também que
Kaká deu belíssimo passe para Douglas finalizar e parar em boa defesa de
Acosta. Ao mesmo tempo, Grohe quase não tocou na bola. Fernandinho,
Luiz Gustavo e os zagueiros faziam boa proteção à meta brasileira. O
juiz ainda anulou dois gols legais: um para cada lado.
Destaques: Só pensam nele - Com Neymar no banco, boa parte dos
torcedores no estádio, especialmente os que estavam na zona VIP, só
queriam saber dele. Os gritos chamando o atacante do Barcelona eram
frequentes. Para ajudar, Kaká, esteve ao seu lado o tempo inteiro. Aos
30 do segundo tempo, Neymar disparou da zona de aquecimento e empolgou o
estádio. Alarme falso. Ele não entraria naquele momento.
Vazio! - A Red Bull Arena tinha a expectativa de receber pelo menos 20
mil pessoas. O estádio ficou bem vazio e nem mesmo o setor mais barato
lotou. Pior ainda sem Neymar titular.
Respeita o chefe - Tão logo foi para a beira do campo, Neymar recebeu
sinal de respeito não só do público, mas de Miranda. O zagueiro foi
imediatamente para a beira do gramado passar a faixa de capitão para o
camisa 10.
Do Uol