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Deputados de cinco partidos de oposição (PSDB, PPS, PSC, DEM e Solidariedade) anunciaram nesta terça-feira (8) a criação de um “movimento” em defesa da abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP), o grupo lançará na quinta-feira (10) um site para coletar assinaturas de eleitores e parlamentares que defendem o afastamento da presidente.

A intenção, segundo o tucano, é reforçar os pedidos de abertura de processo de impeachment que aguardam decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Buscaremos o convencimento dos parlamentares desta Casa de que o Brasil não suporta mais quatro anos de governo Dilma. Vamos estudar os pedidos de impeachment, para ver qual tem o formato mais adequado”, disse Sampaio.

O portal na internet do movimento pró-impeachment será lançado em evento na Câmara. “Todos poderão assinar essa petição pública. Mais de 90% dos brasileiros não aprovam o governo Dilma, e isso no início do mandato, quando ela acaba de se eleger”, destacou o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR).

Também integrante do movimento, o líder do Solidariedade, Arthur Maia (BA), cobrou uma decisão de Cunha sobre os pedidos de abertura de impeachment.

Cabe ao presidente da Câmara decidir se instaura ou não o procedimento. Cunha solicitou parecer jurídico sobre os mais de dez pedidos que se encontram na Casa, mas ainda não decidiu se arquiva ou acolhe.

“O presidente Eduardo Cunha tem que decidir isso. Se ele não quiser abrir o procedimento, vamos recorrer, para que o plenário se posicione”, disse Arthur Maia.

Perguntado sobre a cobrança dos parlamentares de oposição, Cunha afirmou que não decidirá sobre impeachment “no tempo da pressão”.

“Vou começar a decidir os que estão aí pela ordem que entraram. Estou lendo. Alguma coisa vou decidir já. Vou decidindo no meu tempo, no tempo da técnica, não no tempo da pressão”, disse o presidente da Câmara.

G1

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