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A corrida em busca do voto de 2,8 milhões de eleitores na Paraíba deverá movimentar R$ 249,1 milhões, segundo números declarados pelos candidatos ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB). O valor deverá ser injetado na economia local, principalmente no setor de serviços, incluindo agências de comunicação e publicidade, web, mídias sociais, gráficas, escritórios de advocacia, contabilidade, dentre outros. Entretanto, a indefinição em relação à validade de mais da metade das candidaturas faz com que os recursos continuem represados.
No total, os paraibanos deverão escolher entre 556 candidatos nas urnas – sem contar os suplentes e vices. São onze candidatos à Presidência, seis a governador, oito ao Senado Federal, 110 à Câmara Federal e 421 à Casa de Epitácio Pessoa.
Contudo, segundo o presidente do Sindicato da Indústria Gráfica da Paraíba (Sindgraf-PB), Marcone Tarradt Rocha, a campanha só deve começar de fato para as empresas a partir do dia 5 de agosto, quando vence o prazo para o TRE-PB registrar todas as candidaturas.
GASTOS PARA GOVERNO
Somente a corrida pelo governo do Estado vai custar R$ 78,54 milhões às coligações. Os candidatos mais pródigos serão Ricardo Coutinho (PSB), com previsão de R$ 25 milhões em gastos; Vital do Rêgo (PMDB), que também deve desembolsar R$ 25 milhões; e Cássio Cunha Lima (PSDB), com um limite de R$ 18 milhões. Na eleição para a proporcional, que inclui a disputa por vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal, as cifras ultrapassam R$ 131,2 milhões, sendo R$ 90,2 milhões para a campanha de postulantes a deputados federais e R$ 41 milhões para os estaduais.
Com a restrição, desde 2006, de apresentações com características de showmícios, as coordenações de campanha têm que investir em outras frentes para angariar apoio popular e conquistar votos. Porém, a troca de favores e promessas perde cada vez mais espaço para o engajamento em torno de ideias e propostas. Os protestos que ocorreram em todo o país em junho de 2013, quase todos articulados via redes sociais, apontam para a necessidade de investimentos na área digital, que deve ter um faturamento superior a R$ 4 milhões nas eleições deste ano.
Na área jurídica, a crescente interferência de decisões neste âmbito nos resultados do pleito eleitoral favorece o mercado de advocacia especializada. Em 2009, o ex-governador e agora candidato Cássio Cunha Lima (PSDB) foi cassado após acusação de ter utilizado programas sociais com fins eleitoreiros – no dia seguinte, o segundo colocado, José Maranhão (PMDB), assumiu a cadeira.
A decisão emblemática do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), confirmada meses depois pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abriu precedentes para que os resultados de eleições posteriores fossem cada vez mais questionados. A crescente judicialização das disputas levou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a propor uma mudança no currículo dos cursos de Direito, incluindo como disciplina obrigatória Legislação Eleitoral.
PROFISSIONAIS EM ALTA
Já os profissionais da área de Contabilidade conquistaram uma fatia generosa de mercado após a publicação da Resolução 23.406/14 pelo TSE, em março. A partir das eleições de 2014, as prestações de contas das campanhas deverão ser assinadas não só pelo próprio candidato e um advogado, mas também por um contador. Com isso, ganha força e importância um ramo até então pouco explorado: a Contabilidade Eleitoral.

Portal Pilões News/com Paraíba hoje
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