Estudo elaborado pela CNT aponta falhas na infraestrutura do transporte no Estado
A Paraíba precisa de R$ 4,683 bilhões de investimentos para melhorar a infraestrutura de transporte aéreo e terrestre nos municípios do Estado. A projeção é da Confederação Nacional do Transporte (CNT) que divulgou a quinta edição do Plano de Transporte e Logística. De acordo com o plano, seria preciso investir na área aeroportuária mais de R$ 52,578 milhões, na ferroviária R$ 669,809 milhões, na portuária R$ 2,430 bilhões e na rodoviária R$ 1,530 bilhão para que o Estado fosse mais competitivo.
Entre as medidas necessárias para se chegar a um transporte satisfatório no Estado estão incluídas ações de ampliação de aeroporto, recuperação de ferrovia, expansão da profundidade do porto de Cabedelo e construção de porto, duplicação, construção e adequação de rodovia.
Para o diretor executivo da CNT, Bruno Batista, o objetivo principal do Plano de Transporte e Logística é identificar qual seria a estrutura de transporte no país rápida, moderna e eficiente, que contribua com o desenvolvimento econômico dos estados e municípios.
“Hoje a infraestrutura do transporte na Paraíba e em todo o país está obsoleta e saturada. Ela não consegue atender à demanda. E a não execução destes investimentos prejudica o desenvolvimento estadual e do país”, destacou Bruno Batista.
O diretor executivo da CNT lembrou que se nas cidades o trânsito está engarrafado e não há transporte público suficiente para fazer com que a população deixe o seu veículo em casa, há aumento da poluição no meio ambiente, perda de tempo no deslocamento da sociedade e maior gasto com combustível.
Vale lembrar que entre as propostas da CNT não foi citada ação na área urbana da Região Metropolitana de João Pessoa. Bruno Batista explicou que mesmo que ela exista, ainda não está entre as medidas prioritárias da Paraíba.
Na parte aeroportuária, Bruno Batista destacou que se o Estado não melhorar a oferta de voos nos aeroportos, não vai, por exemplo, atrair turistas. “Além disso, se não existe terminal de carga nas principais cidades do Estado, não há como exportar, e isso impede também que empresas se instalem no interior, porque o produto não chega”, explicou Batista.
De acordo com ele, um dos meios de transportes pouco explorados no país e que poderia baratear o deslocamento de produtos é o ferroviário. No Brasil existem cerca de 29 mil quilômetros de ferrovias e, para ele, isso poderia ser bem maior. “Se o país não investir no transporte como um todo, vai continuar vivendo ciclos de desenvolvimento que vão esbarrar em problemas logísticos e não terá condições de evoluir”, alertou Bruno Batista.
Da Redação: com Alexsandra Tavares