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O deputado estadual Samuel Corrêa da Rocha Junior (PR-RJ), conhecido popularmente como ‘Samuquinha’ está sendo acusado de espancar e torturar a advogada Christine Calixto. O parlamentar foi convocado para prestar depoimento ao delegado Deoclécio Francisco de Assis Filho, titular da 37ª DP (Ilha do Governador) sobre o caso sobre lesão corporal e dano.

A advogada mostrou durante entrevista ao G1, hematomas no braço esquerdo, atrás do pescoço e nas pernas, que teria sido resultado das agressões de Samuquinha na madrugada do último dia 13 de outubro no barco do deputado, ancorado no Iate Clube Jardim Guanabara, na Ilha do Governador.

Através do seu chefe de gabinete, o deputado afirmou que sequer conhece Christine Calixto, e que as acusações da advogada são “calúnias” e que estaria “entrando com medidas judiciais com contra ela.
Christine, que também registrou queixa na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), contou também que conheceu Samuquinha em julho, quando recebeu um convite de um amigo do deputado para ir ao churrasco.

Os dois passaram a se encontrar com frequência e ela teria ido ao apartamento com frequência ao apartamento do legislador em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca. “Ele me apresentava a todo mundo como namorada”, lembrou a advogada.

“O Samuel nunca tinha se mostrado uma pessoa violenta. Muito pelo contrário: era a pessoa mais dócil do mundo e me tratava muito bem. Sempre me deu flores. Eu retribuí com vários presentes, que estão no barco dele”, revelou Christine.

A advogada narrou com teria acontecido a agressão. Ela conta que saindo de um restaurante, o casal foi ao Iate Clube Jardim Guanabara, onde estava o barco do deputado. Dentro do barco, os dois dançaram Fábio Júnior e Roberto Carlos e tivemos relações sexuais. Após Samuquinha teria a pedido em casamento. Em um surto, o deputado pegou garrafa de vodka e tacou na cabeça da advogada.

“Ele dizia que eu o havia traído com o amigo dele, que nos apresentou. Falei: ‘Vamos embora, Samuel.’ Ele respondeu: ‘Não. Só tá começando. Eu vou te matar.’ Quando peguei minha bolsa para ir embora, ele me deu uma rasteira e eu caí. Ele me socou foi muito: chutes e socos. Cheguei a ter hemorragia interna”, complementa a advogada. Christine afirma ainda que Samuquinha usou um sapato dela, com salto, nas agressões: “Fiquei com a boca e o rosto ensaguentados. Meu sapato está lá em casa, ainda com sangue e fios de cabelo meus.”

Christine conta que resolveu procurar a imprensa porque ele falou que ia matar o meu pai’ dela.

“Ele disse: ‘Vou botar uma corda no pescoço com uma pedra, e vou te jogar no mar. E, depois, vou matar teu pai.’”, recorda. “Eu estava semidesmaiada, mas quando o ouvi falar do meu pai, disse: 

‘Meu pai não! Não mexe com meu pai!’”, acrescenta a advogada.

De acordo com Christine, por volta das 5h, Samuquinha a teria deixado no barco e ido embora, a pé. “Fiquei dentro do iate, deitada na proa, sozinha. Ele mandou dois seguranças, dizendo que eu estava invadindo propriedade alheia. Os seguranças viram meu estado, me levantaram e me levaram até meu carro”, conta. “No caminho, passei pelo Samuel, que estava em um ponto de ônibus. Ele gritou: ‘Vai na 37ª DP. Eu conheço o delegado de lá. Isso não vai dar em nada. Já fiz isso várias vezes. Tenho imunidade parlamentar.’”, complementa a advogada.

Christine diz que, então, foi registrar a ocorrência na 37ª DP. Em seguida, foi ao Hospital Municipal Paulino Werneck, na Ilha do Governador e, depois, ao Instituto Médico Legal (IML), onde fez exame de corpo de delito.

Por Jean Ganso, Com Focando a Noticia
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