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A fuga de 5 detentos do Presídio Vicente Claudino de Pontes, sexta-feira, 26, aqui em Guarabira, constata que as prisões estão falidas e não têm mais como segurar a população carcerária, que aumenta diariamente com os inúmeros delitos ocorridos, sem que os governantes tenham se preocupado ao longo dos anos de promover reformas e ampliações desses estabelecimentos prisionais. Até parece que não sabiam no que iria resultar.

Nesses equipamentos, simplesmente têm sido depositados criminosos perigosos ou não e ali permanecem todos juntos enquanto vão procurando cumprir as penas que lhes foram imputadas. E muitos deles nem chegam a ver a liberdade porque morrem lá dentro mesmo, vitimados pelos próprios companheiros em rebelião, quando não por reação policial aos motins.

Aqui as coisas não são diferentes. O Presídio Vicente Claudino de Pontes, no centro de Guarabira, nada mais é do que a antiga Cadeia Pública, cujas reformas realizadas por ex-gestores foram tão insignificantes que os janelões existentes no alto das paredes fronteiras ao Corpo de Bombeiros, foram fechadas a tijolos que permanecem nus, sem emboço. 

A guarda que tem sido eficiente no seu trabalho, encontra dificuldades para trabalhar, pois o amontoado de pessoas é claro e notório. No motim ocorrido no último dia 22 deste, os detentos atearam fogo aos colchões e destruíram celas, reclamando contra comida de má qualidade e pedindo para melhorar o banho de sol. Os moradores da área ficaram apreensivos.


Presídios nesta país estão servindo, apenas, para castigar a quem infringiu a lei. Deveriam se prestar a oferecer segurança aos detentos e uma oportunidade de ressocialização ao saírem dali, depois de aprenderem uma profissão decente e capaz de garantir o sustento diário aos seus familiares. E, assim mesmo, sabendo fazer algum trabalho, o ex-presidiário precisaria ser protegido financeiramente pelo Estado, uma vez que se sabe que a sociedade não mais lhe confiará oportunidade. 
  
Os governantes precisam fazer reformas, ampliações e construção de presídios, modernos e capazes de receber presidiários. O ser humano não pode continuar ali como animal acuado, até porque nos dias atuais, o bicho tem merecido melhor atenção da sociedade e da imprensa.
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