A repórter Jaceline Marques, teve acesso
a um dos apenados que foragiu na última sexta-feira (26) do Presídio
Regional de Guarabira, Adriano da Silva Gomes. Ele nos concedeu uma
entrevista exclusiva, e nela contou o motivo de tanta revolta dentro do
presídio. Os presos vem sofrendo maus tratos, descasos e humilhações no
seu cotidiano.
A rebelião : Adriano
disse que a rebelião teria acontecido por causa da direção que além de
humilhar os presos, os privou do banho de sol. O preso disse ainda que a
comida servida lá, é comida de animal, e que até a comida que os
familiares trazem aos domingos estaria sendo reduzida pela direção.
Relatos - ”Há oito
meses não recebo visitas. É muita coisa ruim acontecendo com agente. Por
isso nos unimos e decidimos cavar e fugir, nós não fizemos mal a
ninguém, cavamos com um pedaço de vergalhão, abrimos o buraco e
fugimos”. disse Adriano.
As revindicações: Segundo
ele, os presos estavam sem colchão, dormindo no chão, e que eles eram
deixados de cuecas nas celas. Que estão sendo tratados como bicho.
Denuncias Graves : O
preso faz duas denúncias graves, que merecem a atenção da justiça.
Segundo ele a decisão do diretor Marcelo Belota de cortar o banho de
sol, seria por que o diretor exigiu que um dos presos ficassem
responsáveis pela abertura e fechamento das celas.
”ele disse que só abria o banho
de sol, quando aparecesse um que quisesse abrir os portões”. Ninguém é
agente, eles é quem ganham para isso”. completou Adriano.
”Se fossemos falar com ele, ele
colocava como desacato, com marcação. Eu tenho medo de
receber represálias quando chegar na penitenciaria, é muita
pressão psicológica, ele descrimina as pessoas, chama de orelha de
porco, ele esta alí pra cuidar da gente e não pra humilhar”.
Adriano também fez denúncias graves
contra o juiz das execuções penais Bruno Cesar Isidro. Ele disse que há
dois meses o juiz não vai ao presídio.
”Solicitamos a presença dele muitas
vezes, há mais de dois meses ele não vai lá, ele só lembra do presídio
novo, aquele presídio velho é esquecido pra tudo, ele só vai lá, olhar
para a cara dos presos e não resolve nada, diz que vai resolver e não
resolve nada, a família da gente vai lá e é só tempo perdido, não vale
de nada. Ele não atende nada, fica só enrolado, muitos presos com
direito e ele não resolve nada, diz que não é lá na vara de execução
penal”.
Veja na íntegra as denúncias feitas pelo apenado
Por Jean Ganso, Com PortalMidia.net