O legista Jorge Pereira de Oliveira confirmou no sábado (16) que o diretor-executivo da Yoki, Marcos Matsunaga, foi decapitado ainda vivo. A mulher do empresário, Elize Matsunaga, confessou ter matado e esquartejado o marido, no dia 19 de maio.
Elize está presa temporariamente na cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo. O caso vai ser julgado pela Justiça na capital paulista.
O corpo de Marcos chegou ao Instituto Médico Legal (IML) sem identificação para a equipe, disse Oliveira. "Entrou para nós como desconhecido", afirmou ele, em entrevista ao SPTV. Questionado sobre as circunstâncias da morte, o legista disse não ter dúvidas de que o empresário estava vivo quando foi decapitado.
"A perícia indica reação vital na secção do pescoço e da raiz dos membros superiores", afirmou Oliveira. Caso o empresário estivesse morto, não haveria a hipótese de ser encontrado sangue nos pulmões de Marcos, fato que foi constatado pelo legista. "A entrada de sangue em vias aéreas é um movimento ativo. Então quer dizer que ele tem que estar respirando".
A defesa de Elize havia definido como estratégia defender que o corpo do executivo foi esquartejado pela mulher depois de morto. Mas a conclusão do legista causou uma reviravolta no caso.
Segundo o laudo, Marcos estava abaixado e recebeu um tiro de cima para baixo, vindo da arma de fogo empunhada por Elize, que estava de pé. O tiro foi à queima-roupa, segundo análise dos peritos, que constataram queimadura nas margens do ferimento.
A conclusão do laudo é que o executivo morreu por traumatismo craniano, causado pela bala, e asfixia respiratória provocada por sangue aspirado devido à decapitação.
Por Jean Ganso,com G1