O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu ao palco da festa
organizada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) em comemoração ao
Dia do Trabalho para defender o governo Dilma Rousseff. Aproveitou para
criticar aqueles que pedem o impeachment e a “elite brasileira”, que,
segundo ele, teme a sua volta ao Planalto.
Ele avisou a quem chamou de “detratores” que vai percorrer o país para garantir a manutenção do governo.
“A Dilma é presidente e eu quero que ela governe esse país, e quero
ficar quieto no meu lugar para não dizer que estou pondo ingerência. Aos
meus detratores, eu agora vou começar a andar o país outra vez. Vou
começar a desafiar aqueles que não se conformam com o resultado da
democracia. Aqueles que desde a vitória da Dilma estão pregando a queda
da Dilma. Eles têm que saber que se tentar mexer com a Dilma, eles não
estão mexendo com uma pessoa. Estão mexendo com milhões e milhões de
brasileiros”, disse.
Ele afirmou que não tem intenção de concorrer novamente ao governo, mas que cansou de provocações.
“Eu estou quietinho no meu canto. Mas não me chame para a briga.
Porque sou bom de briga e vou entrar na briga”, discursou,
acrescentando: “Eu não tenho intenção de ser candidato a nada. Mas está
aceita a convocação”.
Irritado com a publicação da revista “Época”, segundo a qual ele é
alvo de investigação por tráfico de influência, Lula reagiu ao que
chamou de insinuações de que seu nome apareça na Operação Lava Jato e
disse que parte da elite tem medo de que ele volte a ser candidato.
Para ele, esse é um temor inexplicável. “Nunca ganharam tanto dinheiro como no meu governo”.
Dirigindo-se aos jornalistas que assistiam seu discurso ao pé do
palanque, Lula chamou de lixo as revistas “Veja” e “Época”. “Não valem
nada”, disse.
Folha