O Brasil deve perder mais uma posição no ranking das maiores
economias do mundo este ano, segundo dados do Fundo Monetário
Internacional (FMI), e cair para o 8ª lugar. Depois de ser ultrapassado
pelo Reino Unido em 2011, o país deve ser superado também pela Índia em
2015.
O ranking leva
em conta o tamanho do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país – que
mede a riqueza que foi produzida em determinado período. Esse valor é
convertido em dólares, a partir das moedas locais.
A queda é resultado da contração esperada pelo fundo de 1% no PIB
brasileiro em 2015, para US$ 1,9 trilhão – em 2014, esse valor foi
estimado em US$ 2,3 trilhões. Enquanto isso, o crescimento esperado para
a Índia este ano é de 7,5%, chegando a US$ 2,3 trilhões.
E o país não deve voltar a subir no ranking tão cedo: as previsões do
FMI vão até 2020 e, até essa data, o Brasil deve seguir na 8ª posição.
Nas primeiras posições em 2015, aparecem os Estados Unidos – que pelo
menos até 2020 não devem perder a liderança para a China–, com US$ 18,1
trilhões; China (US$ 11,2 trilhões); Japão (US$ 4,2 trilhões); Alemanha
(US$ 2,8 trilhões); Reino Unido (US$ 2,8 trilhões); e França (US$ 2,4
trilhões).
Se confirmada a queda, o Brasil volta à posição que ocupava em 2009.
Naquele ano, no entanto, era a Itália, e não a Índia, quem fazia
companhia aos outros seis países à frente do Brasil.
Brasil já foi 6º da lista
De 2008 a 2011, o Brasil subiu uma posição por ano no ranking. A melhor posição no ranking do FMI obtida pelo Brasil foi em 2011, quando o país chegou a ser a sexta maior economia mundial, ultrapassando o Reino Unido. À época, o Brasil superou o PIB inglês em cerca de US$ 37 bilhões – atrás apenas dos EUA, China, Japão, Alemanha e França.
Mas os ingleses voltaram a superar o Brasil no ano seguinte. O país
voltou à 7ª posição, mais por causa do câmbio do que pelo crescimento
econômico. O PIB brasileiro cresceu 0,9%, mas o britânico avançou ainda
menos: 0,2%. A diferença veio na conversão das moedas dos países para o
dólar – que subiu mais de 9% frente ao real naquele ano.
O FMI chegou a prever que o Brasil voltaria à 6ª posição do ranking
em 2013 – após ter caído para o 7º lugar em 2012, perdendo para o Reino
Unido. Mas a previsão não se concretizou, e o país voltou ficou naquele
patamar, onde está até o momento.
No ano passado, a Fundo estimava que o Brasil só chegaria à 8a
posição em 2018, superado pela Índia, em franca expansão. Antecipou para
2015, portanto, o cenário que previa para apenas quatro anos depois.
G1