O DESCASO COM A SAÚDE PÚBLICA NO brasil
guarabira e brasil. “Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá”,
já dizia Gonçalves Dias em um dos seus famosos versos românticos onde
demonstra sua imensa admiração pela paisagem do nosso país um lugar tão
belo, mas com tantos problemas onde um dos principais é a precariedade
da saúde pública, o caos no atendimento da população de baixa renda, com
Será que só porque e público e para atender a população carente, não
faz parte do Plano de Governo como prioridade? O que presenciamos
constantemente em relação à saúde publica no Brasil, são pessoas
morrendo dentro dos hospitais, por falta de socorro médico, leitos
insuficientes para atender a tanta demanda e até escassez de material de
consumo para proteger a saúde da população. Esta é uma dura realidade
que coloca em suspeição a eficiência e eficácia do SUS (Sistema Único de
Saúde). A situação fica ainda pior com a super lotação dos hospitais do
interior dos estados, com condições precárias bem piores do que nas
capitais, acabam por transferir para leitos hospitalares das cidades que
mal possuem abrigo para a demanda já existente e com isso acabam
provocando aglomeração nos corredores com macas improvisadas (a maioria
das vezes nem isso se encontra), a espera de um atendimento. Médicos são
injustamente responsabilizados pela má condição de atendimento, mas
estes são obrigados a acumular uma carga horária exaustiva acumulando
vários empregos para poderem viver dignamente e recompensar o
investimento na sua formação. Formação, diga-se de passagem, que só
apresenta “status”, pois se eles fossem remunerados pela
responsabilidade de seu trabalho não necessitariam ter uma carga horária
tão grande e a qualidade de seu atendimento para o público carente não
estaria como se encontra. A política de governo aplicada para a saúde
pública no país, pela atual presidente e pelos governadores de estados,
é de total “descaso”, pois investir em “SAÚDE” e “EDUCAÇÃO de
“QUALIDADE” não atrai votos no período eleitoral. E muitos alimentam a
cultura que basta distribuir alguns sacos de cimentos e alguns blocos
para a construção de um “puxadinho” que não sai tão caro se manter a
promessa de saúde e educação de qualidade. O Brasil é o segundo país em
que o cidadão é obrigado a pagar mais impostos do que os outros países
desenvolvidos, (o primeiro é a Suíça, mas neste país a carga tributaria
elevadíssima dá retorno para o cidadão tanto em saúde como em educação
de qualidade o que propicia a ele não recorrer ao atendimento privado), a
diferença é que nos países de “Primeiro Mundo”, esse de tipo de
problema não existe . Isto tem contribuído para o aumento do caos da
saúde pública. As autoridades competentes alegam constantemente que não
há recursos, mas sabe-se que é mesmo falta de interesse, pois verbas
altíssimas são repassadas para os estados (como forma de se fazer
alianças para aprovação de projetos do governo federal e que acaba
contribuindo para o desvio dessas verbas para benefícios próprios),
dizendo-se que são para projetos de governo para beneficiar a população.
Só não existe recurso para atender às necessidades da população pobre.
Para a corrupção, tem-se de sobra. Falta de leitos nos atendimentos de
emergência, de vagas para quem necessita de internamento, falta de
medicamentos além de equipamentos hospitalares sucateados aliados ao
péssimo controle da vigilância sanitária que ocasionaa ma higienização e
consequentemente acaba sendo principal fator para grande proliferação
de bactérias que provocam infecção generalizada e levam muitos pacientes
a óbito. E os órgãos responsáveis não têm tomado nenhuma providencia
para que isso tenha fim. Aproveitando-se dos clamores da população que
chega à beira do desespero nas portas dos hospitais públicos das
cidades, muitos programas populares servindo-se do apelo da população
divulgam a situação inicialmente apenas para manter a “audiência”, mas
não cobram dos governantes de maneira constante a resolução dessa
problemática. pacientes gemiam com dores sem atendimento dentro do
HOSPITAL REGIONAL DE GUARABIRA. E até mesmo foi presenciado um paciente
com 82 ANOS ESPERANDO POR MAS DE MEIA HORA POR ATENDIMENTO ,tambem tinha
uma mulher com quemaduras no corpo gemendo de dor esperando atendimento
em um piso frio do corredor daquele hospital. A voz de quem sofre com o
apagão da saúde pública a de ser mais forte que dos cansados que
sofreram com o apagão aéreo . Os necessitados da saúde estão cansados,
mas não têm a quem recorrer, e ainda tem que batalhar todo o dia pra
conseguir mais uma consulta. Diante desta realidade - que não é vista
como novidade, mas como um problema que já se tornou crônico e exige
solução rápida - quem mais sofre é a população carente, que depende
exclusivamente dos serviços do SUS (Sistema Único de Saúde).
Por EdCarlo Monteiro