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Policial foi assassinado a tiros na noite da segunda-feira  (Foto: Walter Paparazzo/G1)O agente de investigação da Polícia Civil da Paraíba, Sérgio de Souza Azevedo, foi executado a tiros na noite da segunda-feira (25) na cidade de Bayeux, Grande João Pessoa, e teve a casa invadida nesta quarta-feira (27). O nome dele foi citado na Comissão Parlamentar de Inquérito do Extermínio no Nordeste como o líder de uma milícia privada com atuação no campo. Dois adolescentes e um homem foram presos suspeitos de participarem do homicídio.

A invasão à casa dele aconteceu na madrugada desta quarta-feira (27) e, de acordo com o comandante da 2ª Companhia de Polícia Militar, o major Carlos Magno, não se sabe ainda o que foi levado do local.

Segundo o delegado Bruno Victor Germano, responsável pelas investigações, os suspeitos de matar o policial foram detidos por uma guarnição da Polícia Militar logo após o assassinato. Eles foram ouvidos pelo delegado, mas não revelaram o motivo do crime. “Um deles confessou, mas afirmou que matou por matar”, disse. De acordo com o delegado, o carro usado na fuga após o homicídio foi encontrado no bairro do Bessa e havia sido roubado na sexta-feira (22).

A CPI do Extermínio no Nordeste cita, entre as ações do grupo que seria liderado pelo policial, invasão com pistoleiros em acampamento, perseguição e ameaças a lideranças do Movimento Sem Terra (MST), e ao deputado estadual Frei Anastácio. As acusações constam na CPI da Violência no Campo. As informações costam do documento disponível no site da Câmara dos Deputados.

De acordo com a CPI, a milícia liderada pelo policial atuava nas cidades de Mogeiro e Itabaiana, ambas no Agreste da Paraíba. A CPI aponta ainda que Sérgio de Souza Azevedo é suspeito do desaparecimento de um trabalhador rural em junho de 2002, na região de Pedras de Fogo, próximo a Itabaiana.

No entanto, o delegado Bruno Victor Germano disse desconhecer o envolvimento do policial com grupos de extermínios ou formação de milícias. "Essas informações estão chegando até mim pela imprensa. O que sabemos é que ele era um policial bem atuante", disse.

Por Jean Ganso, Com G1 Pb
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