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  Já disse e repetirei mais uma vez, a militarização implantada no sistema Penitenciário Paraibano, aliada à má gestão porque passa a administração penitenciária, findará por destruir mais presídios, senão vejamos: Durante quase 11 anos laboramos na cidade de Guarabira onde fomos Promotor das Execuções Penais e nunca ocorreu uma rebelião, mas agora, com diretores militarizados, ocorreu a primeira no Presídio Regional de Guarabira, conhecido por Presídio Velho. 
 
Em João Pessoa, ocorreu a destruição quase integral do Presídio Romeu Gonçalves de Abrantes – PB1, tudo por conta da falta de faro administrativo, sensatez humanitária e formação inteiramente militar do seu diretor, cuja falta de habilidade é tão gritante, que chegou a determinar a prisão de Conselheiros Estaduais dos Direitos Humanos, uma insensatez que só o governo ora instalado tolera e o mantém à frente daquela casa penal, que amarga dias tristes e mais fatos lamentáveis ocorrerão. 
 
Raciocinem amigas e amigos, pela formação castrense do policial militar e agora também dos agentes penitenciários,, a maioria deles saem das escolas militarese do treinamento militar com as mentes obnubiladas de preconceitos, sentimentos hostis e agudamente repressores com aqueles que se encontram em conflito com a lei, de forma que o choque é inevitável, os militares ou os agentes treinados pelo sistema militarizado, enxergam na população carcerária seus alvos de repressão e inimigos mortais, de forma que jamais um poderia tomar conta do outro, temos que ter um mediador entre ambos, como manda a lei de execução penal brasileira, dirigentes com formação pedagócica, sociológica, psicológica e não militar ou militarizada. 
 
De forma que o sistema hoje escolhe os “rodetes”, ou seja, militares osu agentes militarizados pra dirigirem as casas prisionais e estes quando chegam, por instinto, por formação, por preconceitos e outros sentimentos negativos em relação àqueles que estão segregados e aí o conflito se instala, as primeiras providências do militar ou do militarizado, sem nenhuma formação administrativa é cortar tudo: melhoramento nos alimentos que os familiares levavam, proibição de rádios e televisores nas unidades celulares, corte do diágolo e tratamento grosseiro com os familiares, redução do tempo no banho dom sol, imposição de castigos nos ignominiosos chapões, redução da comida e da qualidade desta, enfim, não se tem notícia de nada de positivo que seja criado, inventado, reiventado, estabelecido pro esses diretores, os quais geram somente insatisfação que crescem à cada dia e termina explodindo em forma de rebeliões e destruição dos nossos ergástulos ou enxovias. 
 
Senhor Govenador, disciplina, organização, respeito, trato humanitário é o que necessitamos, além de uma alta dose de competência que gere um plano estadual de ressocialização, pois da forma que as coisas caminham, por pura inaptidão dos que fazem o nosso Sistema Penitenciário, outros focos de insatisfações gerados pelos repressores nomeados sem dúvida explodirão e mais prejuízos, por culpa deles o Estado, aliás, a sociedade terá. Ainda existe tempo, ainda dar para fazer muita cosia, mas sem militarização, chapões, revanchismo e despreparo administrativo. 
 
Por Jean Ganso,com Promotor Marinho Mendes e Fatoafato.com.br
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