
Ele afirmou que está arrependido. “Eu não lembro o que aconteceu e
por que fiz isso.” O agressor machucou a vítima com uma borracha usada
em inaladores.
O menino foi levado pelo pai ao pronto-socorro da Vila Sônia na
madrugada do dia 11 de novembro. No depoimento à polícia, na data, ele
disse que a criança havia sido espancada pela mãe e que ela teria ligado
para que ele fosse buscá-lo. O garoto foi encaminhado à Santa Casa de
Piracicaba, onde foi submetido à cirurgia, mas não resistiu aos
ferimentos e morreu.
A criança chegou a ser mantida por aparelhos durante dois dias, até
que houve morte cerebral. Em depoimento, a mãe do menino disse que não
morava mais com a criança e que não o viu no dia da agressão. O corpo
dele foi enterrado no Cemitério da Saudade no dia 16, data em que Ismael
completaria quatro anos de idade. Familiares e amigos estão revoltados.

Mãe chora ao ver foto do menino espancado pelo pai e que morreu em Piracicaba (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
A Justiça da cidade tinha expedido mandado de prisão temporária de Souza
e Uma campanha realizada pelo tio do menino no Facebook estava em busca
do gari.
“Nós priorizamos o caso devido à forte comoção causada pelo caso”,
disse o delegado Wilson Lavorenti, responsável pela DIG. O desempregado
será encaminhado para a cadeia pública de São Pedro (SP).
Como ocorreu o crime
Souza chegou com o filho em casa por volta das 19h e foi colocar o
garoto para tomar banho. No trajeto para o banheiro, o menino fez cocô
na calça e Souza começou a bater. Ele justificou dizendo que também
sofreu agressões na infância. “Meu pai também batia em mim quando
criança”, disse. O gari, que foi demitido da Prefeitura por faltar do
emprego, falou ainda que a madrasta não estava envolvida no caso. “Eu
acusei a mãe do menino porque tive medo.”
Por Jean Ganso, Com Focando a Noticia