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Pelo menos 3.571 exames de paternidade foram feitos pelo Laboratório de Biologia Molecular e Paternidade do Hemocentro da Paraíba. De acordo com a assessoria de Comunicação do estado (Secom-PB), os números são referentes a um ano e meio de funcionamento. Desde que começou a funcionar, em abril de 2011, já foram feitos 4.330 agendamentos para exame de paternidade enviados Tribunal de Justiça e Ministério Público estadual.

A coordenadora do Laboratório de Biologia Molecular e Paternidade, Crisemy Benício, disse que o Hemocentro da Paraíba é único que faz a coleta e executa a análise no próprio estado para exames de DNA que comprovam a paternidade ou maternidade. Outros laboratórios fazem a coleta, mas, para a análise, precisam enviar para São Paulo, por exemplo.

Ela explicou que as solicitações dos exames por parte do Ministério Público faz parte do Projeto 'Nome Legal' e tem como objetivo reduzir o número de crianças e adolescentes registrados sem o nome do pai ou da mãe, ou seja, diminuir o sub-registro de nascimento.

Com relação ao Tribunal de Justiça, as demandas são enviadas pelas comarcas e fazem parte de processos em que é reivindicado o pagamento de pensão alimentícia. Segundo Crisemy Benício, toda a tramitação, do exame à decisão na esfera judicial, pode durar até 15 dias.

Como é feito o exame
 
Para a realização dos exames, segundo Crisemy Benício, a coleta de sangue é feita pela “pulsão digital”, uma das técnicas mais avançadas. É coletada uma amostra de sangue do suposto filho, duas do suposto pai e uma da mãe e colocada em um cartão semelhante ao usado no teste do pezinho. Logo em seguida é feita a extração do DNA e, posteriormente, utiliza-se o sequenciador de última geração ABI-3130 para a confirmação ou não do vínculo genético.

Para confirmar a paternidade, atualmente o laboratório usa a técnica do PCR (Reação de Cadeia do Polimerase), que vem sendo  utilizada com sucesso, confiabilidade e exatidão nos resultados.

A metodologia do Hemocentro é usada no Brasil pelo Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo (Imesc), Fiocruz, USP, Unicamp, UFRS, Hospital das Clínicas do Paraná, instituições forenses e de pesquisas e por laboratório de diagnóstico para DNA, nos Estados Unidos e na Europa, pelo FBI (polícia americana), Biobank, no Reino Unido, e polícia francesa.

Os exames são realizados nas segundas, terças, quartas e quintas-feiras, durante todo o dia.  Crisemy Benício explicou que para agilizar ainda mais os serviços, principalmente no que diz respeito à liberação dos laudos, a Secretaria de Estado da Saúde utiliza programas de software e outros recursos tecnológicos.

Por Jean Ganso,Com Jornal da Paraiba
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