Parece que chegou ao fim o impasse entre a bancada peemedebista no Congresso Nacional e a presidente Dilma Rousseff (PT). De acordo com o jornal ‘Folha de S.Paulo’, finalmente a ‘fumaça branca’ foi acesa e o PMDB chegou a um entendimento com a petista com a indicação do senador paraibano Vital do Rego para o Ministério do Turismo.
Os peemedebistas reivindicavam a pasta da Integração Nacional para o paraibano, mas o Ministério deverá ficar mesmo sob o comando do governador do Ceará, Cid Gomes (PROS).

Confira a matéria da ‘Folha de S.Paulo’ na íntegra:

Após meses de tensa negociação, a presidente Dilma Rousseff vai indicar o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para sua equipe ministerial.

Caso não haja nenhuma reviravolta, o senador vai ocupar o Ministério do Turismo, posto para o qual foi convidado nesta semana.

A informação foi confirmada à Folha por assessores do Palácio do Planalto e por integrantes do PMDB.

A articulação foi conduzida na semana passada pelo ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e auxiliares da presidente. Segundo integrantes da legenda do vice-presidente, Michel Temer, o senador já foi avisado, mas a decisão só deve ser divulgada após o Carnaval.

O nome de Vital estava cotado para a Esplanada desde o ano passado, mas para uma outra vaga: a da Integração Nacional.

A indicação tinha o consenso da bancada do Senado e da Câmara. Dilma, no entanto, pegou os peemedebistas de surpresa no começo do ano ao tentar um acordo para emplacar o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que não estava no xadrez ministerial, para a vaga.

Peemedebistas dizem que a presidente ofereceu o posto para tirá-lo do quadro sucessório no Ceará. No Estado, os aliados do governo federal Cid e Ciro Gomes querem lançar candidato e não querem o senador como adversário.

Irritada, a bancada do PMDB na Câmara abriu mão de indicar sucessores no Turismo e na Agricultura, pastas que hoje estão sob comando dos deputados do partido Gastão Vieira (MA) e Antônio Andrade (MG), respectivamente. Ambos sairão do cargo para disputar a eleição.

O modelo também desagrada o PMDB na Câmara porque o grupo queria que Dilma entregasse o comando de outra pasta a um deputado peemedebista, como Portos, Ciência e Tecnologia ou a própria Integração Nacional, o que não deve ocorrer.

Neste cenário, Dilma deve entregar ao Pros –partido recém-criado que apoia a sua reeleição– a cobiçada pasta de Integração Nacional.

Além do PMDB, a presidente ainda vai discutir cargos com outros aliados, como PTB e PP. Os petebistas hoje não ocupam nenhum ministério e devem ser contemplados com uma pasta em troca de aliança para a reeleição da petista em outubro.

Já o PP, que comanda o Ministério das Cidades, deve apenas substituir Aguinaldo Ribeiro, titular da pasta, por outro integrante da legenda, sem ampliar seu espaço.

As pendências do PMDB com a presidente também têm travado as negociações estaduais que passam pelo apoio à reeleição da petista.


Por Blog do Gordinho