As redes sociais servirão de campo de batalha virtual durante a campanha presidencial deste ano — pelo menos no que depender dos esforços dos principais partidos envolvidos na disputa pelo Palácio do Planalto.
O PT, da presidente Dilma Rousseff, e os partidos de seus maiores desafiantes, Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB), prometem mobilizar algo em torno de 90 mil ativistas para as eleições de outubro.
Esses ativistas prometem defender seus candidatos de críticas e promover suas propostas em redes como o Facebook e o Twitter, além das caixas de comentários de blogs. Para tanto, os partidos já começaram a capacitar seus 'exércitos virtuais'.
O PT, que vai trabalhar pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, já ofereceu três oficinas de treinamento para militantes e deve promover um camping digital em abril. As direções regionais do partido no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Belo Horizonte — alguns dos maiores colégios eleitorais do País — organizaram a capacitação para que os militantes saibam como atuar nas redes de forma a reverberar as propagandas da legenda.
Leia mais notícias de Brasil e Política
De acordo com o vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, até junho o PT espera ter capacitado cerca de 1.500 militantes. Segundo ele, uma das orientações é divulgar o trabalho da presidente Dilma e de seu antecessor, o ex-presidente Lula.
— Nós, por estarmos no governo federal, vamos fazer uma campanha proativa. Temos muita coisa para mostrar, muitos projetos, muitas obras, muita coisa que o governo fez. Vamos usar as redes sociais para desmistificar mentiras que os adversários dizem sobre nós e divulgar os feitos do governo Lula e Dilma.
No final de abril, o PT vai realizar o Camping Digital, em São José dos Campos (SP). O evento, que está sendo chamado de “Campus Party do PT”, deve reunir cerca de 1.000 militantes durante dois dias para debates e oficinas de mídias digitais.
Militantes
O PSDB, que deve apresentar o senador tucano Aécio Neves (MG) como candidato à Presidência da República, também já mobiliza os militantes nas redes sociais — fala-se em torno de 9.000 internautas capacitados até maio, para replicar as mensagens do partido. E a legenda faz questão de garantir que a colaboração é voluntária e espontânea.
O responsável pela campanha digital do PSDB é Xico Graziano, que foi chefe de gabinete pessoal do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Por meio de sua conta no Twitter, ele afirmou que ninguém será pago para fazer campanha para o partido na internet.
— Campanha digital do Aécio não irá treinar ninguém para guerrilha. Muito menos pagar. Nosso foco é ativação de rede. Internet do bem.
Dentro da lei
Convocar militantes para usar as redes sociais em favor do partido ou candidato não é proibido pela lei. De acordo com o especialista em Direito Eleitoral e integrante do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral), Luciano dos Santos, as pessoas têm direito de se manifestar e expor a própria opinião.
— Qualquer pessoa pode fazer manifestação política e se manifestar de uma forma geral, sem pedir voto para nenhum candidato, que é o que caracteriza propaganda antecipada. O debate nas redes sociais é permitido, não tem problema.
Santos lembra que não há uma regra definida e que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) analisa os casos concretos que chegam como denúncia de crime eleitoral. Segundo ele, se grandes partidos oferecerem dinheiro em troca da mobilização de militantes na internet, isso pode caracterizar desequilíbrio na disputa.
— Partidos grandes que fizerem uma política nacional, envolvendo recursos financeiros, têm que ser avaliados. Em todas essas questões que vão para o lado de abuso de poder econômico tem que ser avaliado quanto foi gasto e quantas pessoas estão envolvidas para analisar.
Contra perfil fake
O PSB, partido que deve disputar as eleições presidenciais com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também vê a internet como uma ferramenta essencial durante a campanha eleitoral.
No entanto, o partido já foi punido pelo TSE, acusado de propaganda eleitoral antecipada. No início de março, o tribunal determinou a retirada de uma página de Campos, criada no Facebook, que apresentava o candidato como o mais adequado para presidir o País.
O PSB alega que o perfil era falso e não tinha vínculo com o partido. Para evitar novas punições, a responsável pela campanha digital do PSB, Vera Canfran, diz que a prioridade agora é instruir os militantes.
— No momento, nossas iniciativas tem caráter educativo, no intuito de impedir a disseminação dos chamados fakes. No devido tempo, ativaremos de forma organizada nossas plataformas digitais, para que seja possível que todos os brasileiros participem ainda mais ativamente da mudança em que acreditamos.
De acordo com o calendário eleitoral, somente no dia 6 de julho estará liberada a propaganda eleitoral. Até esta data, qualquer tipo de campanha é considerada ilegal, inclusive na internet.
Da Redação: com R7
O PT, da presidente Dilma Rousseff, e os partidos de seus maiores desafiantes, Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB), prometem mobilizar algo em torno de 90 mil ativistas para as eleições de outubro.
Esses ativistas prometem defender seus candidatos de críticas e promover suas propostas em redes como o Facebook e o Twitter, além das caixas de comentários de blogs. Para tanto, os partidos já começaram a capacitar seus 'exércitos virtuais'.
O PT, que vai trabalhar pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, já ofereceu três oficinas de treinamento para militantes e deve promover um camping digital em abril. As direções regionais do partido no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Belo Horizonte — alguns dos maiores colégios eleitorais do País — organizaram a capacitação para que os militantes saibam como atuar nas redes de forma a reverberar as propagandas da legenda.
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De acordo com o vice-presidente nacional do PT, Alberto Cantalice, até junho o PT espera ter capacitado cerca de 1.500 militantes. Segundo ele, uma das orientações é divulgar o trabalho da presidente Dilma e de seu antecessor, o ex-presidente Lula.
— Nós, por estarmos no governo federal, vamos fazer uma campanha proativa. Temos muita coisa para mostrar, muitos projetos, muitas obras, muita coisa que o governo fez. Vamos usar as redes sociais para desmistificar mentiras que os adversários dizem sobre nós e divulgar os feitos do governo Lula e Dilma.
No final de abril, o PT vai realizar o Camping Digital, em São José dos Campos (SP). O evento, que está sendo chamado de “Campus Party do PT”, deve reunir cerca de 1.000 militantes durante dois dias para debates e oficinas de mídias digitais.
Militantes
O PSDB, que deve apresentar o senador tucano Aécio Neves (MG) como candidato à Presidência da República, também já mobiliza os militantes nas redes sociais — fala-se em torno de 9.000 internautas capacitados até maio, para replicar as mensagens do partido. E a legenda faz questão de garantir que a colaboração é voluntária e espontânea.
O responsável pela campanha digital do PSDB é Xico Graziano, que foi chefe de gabinete pessoal do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Por meio de sua conta no Twitter, ele afirmou que ninguém será pago para fazer campanha para o partido na internet.
— Campanha digital do Aécio não irá treinar ninguém para guerrilha. Muito menos pagar. Nosso foco é ativação de rede. Internet do bem.
Dentro da lei
Convocar militantes para usar as redes sociais em favor do partido ou candidato não é proibido pela lei. De acordo com o especialista em Direito Eleitoral e integrante do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral), Luciano dos Santos, as pessoas têm direito de se manifestar e expor a própria opinião.
— Qualquer pessoa pode fazer manifestação política e se manifestar de uma forma geral, sem pedir voto para nenhum candidato, que é o que caracteriza propaganda antecipada. O debate nas redes sociais é permitido, não tem problema.
Santos lembra que não há uma regra definida e que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) analisa os casos concretos que chegam como denúncia de crime eleitoral. Segundo ele, se grandes partidos oferecerem dinheiro em troca da mobilização de militantes na internet, isso pode caracterizar desequilíbrio na disputa.
— Partidos grandes que fizerem uma política nacional, envolvendo recursos financeiros, têm que ser avaliados. Em todas essas questões que vão para o lado de abuso de poder econômico tem que ser avaliado quanto foi gasto e quantas pessoas estão envolvidas para analisar.
Contra perfil fake
O PSB, partido que deve disputar as eleições presidenciais com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, também vê a internet como uma ferramenta essencial durante a campanha eleitoral.
No entanto, o partido já foi punido pelo TSE, acusado de propaganda eleitoral antecipada. No início de março, o tribunal determinou a retirada de uma página de Campos, criada no Facebook, que apresentava o candidato como o mais adequado para presidir o País.
O PSB alega que o perfil era falso e não tinha vínculo com o partido. Para evitar novas punições, a responsável pela campanha digital do PSB, Vera Canfran, diz que a prioridade agora é instruir os militantes.
— No momento, nossas iniciativas tem caráter educativo, no intuito de impedir a disseminação dos chamados fakes. No devido tempo, ativaremos de forma organizada nossas plataformas digitais, para que seja possível que todos os brasileiros participem ainda mais ativamente da mudança em que acreditamos.
De acordo com o calendário eleitoral, somente no dia 6 de julho estará liberada a propaganda eleitoral. Até esta data, qualquer tipo de campanha é considerada ilegal, inclusive na internet.
Da Redação: com R7