O conselho especial do impeachment no Senado se reúne nesta
sexta-feira (6), a partir das 10h, para votar o relatório que recomenda a
continuidade do processo contra a presidente Dilma Rousseff.
O
parecer foi apresentado na última quarta-feira (4) pelo senador Antonio
Anastasia(PSDB-MG), que disse que a denúncia contra Dilma está de acordo
com as leis.
Para ser aprovado, o relatório precisa da maioria simples dos votos – 11.
Independentemente
do resultado, ele seguirá para o plenário. Se na próxima semana o
plenário concordar com o relator e aprovar o parecer, Dilma será
afastada por até 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assumirá.
A
votação no plenário deve ocorrer no dia 11. Isso porque, depois da
votação na comissão, o parecer terá de ser lido na sessão de
segunda-feira (9) do Senado, quando começará a contar o prazo de 48
horas para ser apreciado pelos senadores.
Como será a votação
Antes da votação, líderes partidários terão direito a cinco minutos de exposição para encaminhamento de bancadas. O presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB) estima que 10 líderes devem usar esse tempo. Assim, a votação deve começar entre meio-dia e 13h.
“Acho que vai ser uma sessão tranquila como foi a de hoje [quinta-feira], sempre com muita cordialidade”, disse Lira.
Depois
do encaminhamento dos líderes, os senadores votarão por meio de sistema
eletrônico (sim, não ou abstenção). A votação é aberta, ou seja, os
votos de cada senador serão de conhecimento público.
O presidente
da comissão não descarta dar “alguns segundos” para que os senadores
comentem os seus votos. Lira antecipou que não deverá acatar questões de
ordem na sessão desta sexta.
Relatório de Anastasia
Os senadores debateram por sete horas nesta quinta-feira (5) o relatório apresentado por Anastasia.
No início da sessão, o
advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, apresentou a
defesa da presidente Dilma sobre o parecer. Na avaliação de Cardozo,
Anastasia se deixou levar por “paixões partidárias”, em razão de o
senador ser de uma sigla de oposição.
Para a base governista, o
advogado-geral conseguiu rebater os argumentos de Anastasia e mostrar
que a presidente Dilma não cometeu crime de responsabilidade. Os
senadores da oposição voltaram a elogiar o relatório e falaram sobre os
efeitos das ações de Dilma na economia do país.
G1