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A delegada Cristina Bento, que assumiu a investigação do caso da jovem de 16 anos vítima de estupro coletivo no Morro do Barão, na Praça Seca, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, disse em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (30) que o crime está comprovado.

Segundo a delegada titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dpav), a vítima está “coagida” e com medo de falar sobre o caso.

Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil do Rio, afirmou que embora o laudo não aponte indícios de violência, isso não quer dizer que não houve violência. Devido ao tempo decorrido entre os fatos e o exame, os indícios de lesão podem ter desaparecido.

O chefe da Polícia Civil do Rio afirmou que a prova do estupro “está materializada no vídeo”. Há “elementos fortes” de ter ocorrido um “estupro coletivo anterior”, disse Veloso.

Cristina disse também que “traficante faz estupro sim”. De acordo com a delegada, as garotas são abusadas e não contam, por medo dos traficantes. Cristina acredita que a vítima apenas contou sobre o crime porque as imagens vieram à tona.

A perita do IML, Adriane Rego, explicou que em todo exame de vítima de estupro é colhido material para possível exame de DNA. No entanto, nem sempre ele é obtido, por motivos como o uso de preservativo ou o tempo decorrido.

O G1 adianta que o suspeito Raí de Souza, 22 anos, se apresentou à polícia e foi preso na tarde desta segunda (30) na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), no Centro do Rio. O jovem será levado para a Cidade da Polícia, no Jacaré, na Zona Norte. Raí prestou depoimento na última última sexta-feira (27) e assumiu ser responsável pela divulgação, na internet, das imagens da adolescente.

O jornal Extra revela que o jogador do Boavista, Lucas Perdomo Duarte Santos, se preparava para dar uma entrevista coletiva quando foi capturado por policiais. Ele também já está na Cidade da Polícia.

Os outros suspeitos procurados são: Sérgio Luiz da Silva Junior; Marcelo Miranda da Cruz Correa; Raphael Assis Duarte Belo; e Michel Brasil da Silva.

Raí de Souza

Em entrevista ao jornal O Globo, Raí contou: “Por volta das 7h , eu, o Lucas, a Joyce e ela fomos para o abatedouro. Ela estava tão inconsciente que pediu que pegasse camisinha. Eu saí para buscar, voltei, tivemos relações e ela ficou lá, não quis ir embora”.

O jovem também disse que decidiu voltar para o local porque ficou preocupado com a jovem. “Quando voltei só estava lá o Jefinho (Jefferson). Ele ficou filmando. Eu não falei nada, apenas ri. Tanto é que não tem minha voz no vídeo. Depois, falei de novo com ela, mas ela disse que ia ficar lá e eu fui embora”.

Segundo Raí, ele voltou a se encontrar com a jovem dois dias depois do caso. “Eu perguntei se ela tinha visto o vídeo, ela disse que sim, mas que estava tranquilo, que ela só estava chorando pelo celular que a mãe dela ainda estava pagando. O que me deixou mais revoltado é que ela depois que voltou, ainda ficou de safadeza lá. E depois veio com essa historia”, contou.
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