Jerusalém, 4 Out 2015 (AFP) – Israel decidiu neste domingo fechar a
Cidade Velha de Jerusalém aos palestinos depois dos ataques que custaram
a vida de dois israelenses.
O setor antigo de Jerusalém, que é
muito frequentado parecia uma cidade fantasma, com o comércio fechado e
as ruas quase vazias, a não ser pela presença em massa de policiais.
É
a primeira vez que as autoridades tomam esta medida, segundo a
porta-voz da polícia, Luba Samri. Durante 48 horas, apenas os
israelenses, os residentes na Cidade Velha, os turistas, os empresários e
os estudantes podem entrar e circular pelo setor.
Segundo Samri,
esta medida impedirá que a imensa maioria dos palestinos de Jerusalém
Oriental, que vivem fora da Cidade Velha, possam ter acesso a essa parte
da cidade. Os árabes israelenses, no entanto, poderão entrar na zona.
O
acesso à Esplanada das Mesquitas foi proibido para homens com menos de
50 anos, uma medida utilizada habitualmente em momentos de tensão. Não
há restrições para o acesso de mulheres.
Na véspera, um palestino
de 19 anos, Mohanad Chafik Halabi – supostamente membro da Jihad
Islâmica -, matou dois israelenses e feriu uma mulher e uma criança com
faca e arma de fogo na Cidade Velha, antes de ser abatido pela polícia.
Horas depois, outro palestino feriu gravemente a facadas um transeunte e também foi morto pelas forças de ordem.
Estes
ataques acontecem em um contexto de choques diários na Cidade Velha,
onde se encontra o local que é motivo das tensões, a Esplanada da
Mesquitas, e dois dias depois do assassinato de um casal de colonos
diante de seus filhos no norte da Cisjordânia ocupada.
UOL